Uma
opinião
Lisboa-Portugal-
14 graus - O ex-Embaixador de Portugal no Brasil, ex-embaixador de Portugal na
França e Embaixador do Alto Comissariado da União Europeia, na Bélgica, meu
amigo Francisco Seixas da Costa, escreveu artigo especial sobre o Brasil,
focando na sua área de atuação,a vida diplomática. Eis Seixas da Costa: “O novo
Brasil e o mundo”.Sucedendo
à credibilização iniciada com Fernando Henrique Cardoso, a política externa de
Lula da Silva havia colocado o Brasil no mapa dos poderes mundiais. A crise econômica
provocou um recuo nessa ambição e a gestão inábil de Dilma Rousseff fez
"sumir" o Brasil da agenda internacional. José Serra, o novo chefe da
diplomacia brasileira, escolhido pela imagem moderada que projeta, tem uma
tarefa difícil. Desde logo, compete-lhe fixar a ideia - que está longe de
adquirida pelo mundo - de que o afastamento de Dilma cumpriu o espírito
constitucional. Cabe-lhe ainda "vender" as inflexões drásticas nas políticas
públicas que vão ter lugar e o modo como o novo governo irá controlar as
reações expectáveis. Depois, tem de estruturar um novo discurso diplomático,
consonante com a forte viragem conservadora interna, tornando-o compatível com
o tecido de alianças preferenciais em que o "outro" Brasil tinha
assente toda a sua estratégia durante mais de uma década. A vizinhança
bolivariana fez já sentir essa incomodidade e ninguém esquece que, há um ano,
Serra chamou ao Mercosul "um delírio megalomaníaco". Finalmente, o
Brasil vai ser confrontado com os péssimos sinais que a constituição do novo
governo trouxe para as políticas ambientais, para a igualdade de gênero e para
o respeito pela diversidade. A prevalência dos fortes interesses econômicos do
país faz presumir que uma certa realpolitik acabará por prevalecer. O facto de
o novo ministro juntar nas suas competências o principal instrumento de
promoção econômica externa é um sinal claro. De uma coisa estou bem certo: por
mais liberal que seja a agenda interna, não se verificará uma quebra
significativa no tradicional protecionismo brasileiro, em especial com um
governo abertamente promovido pelos interesses empresariais. Serra tem alguns
trunfos. Desde logo, a simpatia da máquina diplomática, em que a maioria dos
quadros nunca esteve muito confortável com a agenda imposta por Celso Amorim e,
depois, com a irrelevância a que Dilma condenou a casa. Vai contar também com a
boa vontade potencial de algum mundo internacional, que vivia irritado com a
complacência brasileira face à Venezuela, Cuba e outras derivas
"sulistas", em matéria de democracia e de direitos humanos. EUA,
Argentina e Chile irão prová-lo. A Europa, que não tem a menor
"espinha" diplomática, irá "aos soluços", colando-se ao
governo Temer se este tiver sucesso. Uma nota final: a esquerda portuguesa tem
de ter juízo. No tocante às relações Brasil-Portugal, carpir mágoas pelo fim de
Dilma não é a mesma coisa do que ter saudades de Lula, que era um amigo de
Portugal. Vou dizer uma verdade pouco simpática para alguns, mas que creio
incontestável: em regra, a direita brasileira é bastante mais favorável ao
reforço dos laços com Portugal do que a esquerda. As Necessidades sabem isso
bem”.
A frase: “Na
polícia, como na vida, a ignorância não é uma virtude". Obama cansado
das porralouquices de Trump.
Also Sprach o
Bonitão...(Nota da foto)
Um
dos principais líderes nacionais do PSDB, o senador Tasso Jereissati (CE) não
esconde sua expectativa pelos primeiros movimentos da administração do
presidente em exercício Michel Temer. “Qualquer erro que venha a ser cometido
poderá ser fatal”, diz. O senador apoia a decisão dos tucanos de integrar a
base do novo governo, mas defende que Temer não repita a política de loteamento
de cargos, que se tornou prática comum. “Não pode ser mais do mesmo. Esse
modelo de presidencialismo de coalizão se exauriu. Quebrou”, diz. Ilustração de
Kleber Sales, do Estadão.
O
ferro cantou
O
Ministério Público Federal no Ceará (MPF/CE) ajuizou ação de improbidade
administrativa contra o prefeito do município de Aquiraz (CE), Antônio Fernando
Freitas Guimarães, por não ter elaborado projeto de lei para regulamentar a
prática de kitesurf no município, mesmo após sucessivos pedidos do MPF.
Ímprobo
De acordo
com o procurador Macedo Filho, “o envolvido cometeu flagrantemente ato de
improbidade administrativa ao se recusar a responder de pronto à requisição
ministerial”.
E
então...
Michel
Temer nomeou para o cargo de sub-chefe para assuntos jurídicos da Casa Civil da
Presidência da República, o advogado Gustavo do Vale Rocha, que tem entre seus
clientes ninguém menos que Eduardo Cunha. Estão aparelhando. Estão aparelhando.
Fartura
na Praça
A Orquestra Jacques Klein, do Instituto Beatriz e Lauro Fiuza, abre
a programação cultural da segunda edição do Festival
Fartura Fortaleza, que acontecerá nos dias 21 e 22 de maio, na Praça das
Flores.A apresentação da orquestra acontece às 13h, no dia 21.
Cheiro do queijo
A ida de Romero
Jucá para o Planejamento despertou cobiça pela presidência do PMDB, ocupada
interinamente por ele. O assunto foi tema de reunião entre o líder do partido,
Eunício Oliveira, Jucá e Renan Calheiros.
Se fazendo
Eunício defendeu
que a vaga seja dada a Renan, que não tem ministério no governo Temer e deixará
a presidência do Senado em fevereiro de 2017. Seria uma forma de acomodá-lo.
Até agora, Jucá se fez de desentendido.
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