Ministro egípcio: "Terrorismo é mais provável do que falha mecânica"
O voo que fazia a ligação Paris - Cairo desapareceu durante a madrugada. Governo confirmou presença de português no voo
O
ministro egípcio da Aviação Civil, Sherif Fathy, admitiu perante os
jornalistas numa conferência de imprensa que o "terrorismo é mais
provável do que uma falha mecânica". A queda do avião da EgyptAir esta
madrugada levou a uma enorme operação de buscas no Mediterrâneo perto de
várias ilhas gregas. "Se analisarmos bem a situação, a possibilidade de
ter um ataque terrorista é maior do que a de ter um problema técnico",
afimou o ministro. A sua afirmação vai de encontro ao que dizem vários especialistas.
O
presidente francês François Hollande confirmou que o avião da EgyptAir
que fazia a ligação entre Paris e o Cairo se despenhou no Mediterrâneo. O
voo MS804 desapareceu dos radares durante a madrugada, com 56
passageiros e 10 membros da tripulação a bordo - incluindo um passageiro
português.
Em declarações aos
jornalistas, Hollande disse que "infelizmente, as informações confirmam
que este avião se despenhou". Hollande, que convocou uma reunião de
emergência após a notícia de que o avião, que partira de Paris com 15
franceses a bordo, disse ainda: "É o nosso dever descobrir o que
aconteceu. Nenhuma hipótese é privilegiada, nenhuma é descartada. (...)
Logo que se estabeleça a verdade, tiraremos as nossas conclusões, seja
um acidente ou um ataque terrorista".
O
último contacto com o MS804 foi às 2.45 locais (1.45 em Lisboa) pouco
depois de este ter entrado no espaço aéreo egípcio sobre o Mediterrâneo,
280 km a norte da costa do Egito.
A
agência Reuters avançava por volta das 14.00 em Lisboa que possíveis
destroços tinham sido descobertos a cerca de 100 quilómetros a sudeste
do local onde o avião tinha desaparecido do radar. Uma equipa grega
tinha encontrado dois grandes pedaços de plástico a flutuar no bar,
brancos e vermelhos.
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Equipas
de busca e resgate foram mobilizadas para procurar o avião, em
coordenação com as autoridades gregas. A agência noticiosa Agence France
Presse escreve, citando fonte aeroportuária, que o avião se despenhou
perto da ilha grega de Cárpatos. A Reuters escreveu que as autoridades
gregas e egípcias estavam a investigar o testemunho de um capitão de
navio que vira uma "chama no céu" perto da hora do desaparecimento do
MS804, também a sul da ilha de Cárpatos.
A
bordo seguiam pessoas de 12 nacionalidades, incluindo um passageiro
português, segundo informou a companhia aérea. O governo português já
confirmou que existia uma pessoa de nacionalidade portuguesa a bordo do
avião, um homem de 62 anos que trabalhava em Joanesburgo, na África do
Sul.
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