Educação
Concordamos com
a ideia de que a educação deve ser proporcionada a todos por constituir um
direito e uma condição para o pleno desenvolvimento da pessoa humana. Além de ser
um direito, a educação também é um dos principais fatores, senão o mais
importante, para o progresso ordenado de um país. É fundamental que as nações
entendam, em primeiro lugar, que a educação não é um gasto, mas um investimento. Em segundo lugar, este é
um investimento de longo prazo que deve expressar o compromisso de gerações e
ser elevado a um projeto de Estado Democrático, para além das divergências
partidárias das forças políticas que momentaneamente ocupam os papéis de
governo e oposição, ou seja, a educação não deve ser um programa de Governo,
mas de Estado. Ademais, deve-se buscar a articulação dos diversos atores
sociais, somando esforços de governos, setores empresariais e trabalhistas e da
sociedade civil em geral. Há uma evidente correlação entre os níveis
educacionais, cognitivos e comportamentais, das populações e o desenvolvimento
dos países. Este entendimento levou à adoção da educação como um dos fatores na
concepção do conhecido IDH – Índice de Desenvolvimento Humano, que tem orientado as políticas públicas em
vários países e constituído importante indicador de avaliação de seus acertos
ou insuficiências. Resta, pois, o passo mais difícil — transformar a retórica
em ações concretas e priorizar os investimentos no setor educacional, nas múltiplas
dimensões do acesso, da equidade e da qualidade. Eis o verdadeiro
desenvolvimento humano.
Gonzaga
Mota
Professor
aposentado da UFC-Ex Governador do Ceará e meu amigo
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