Comissão recusa documentos que derrubariam denúncia
contra Dilma
Colegiado fez oito votações para rejeitar todas as provas de que Dilma
agiu dentro da lei
A Comissão Especial do Impeachment recusou, nesta quinta-feira (28/4),
oito requerimentos de documentos que comprovariam a falta de base legal da
denúncia contra a Presidenta da República, Dilma Rousseff. Recurso regimental
apresentado pelo líder do governo no Congresso, senador José Pimentel (PT-CE),
possibilitou que os requerimentos fossem votados separadamente, mas todos foram
recusados pela maioria do colegiado.
A rejeição dos requerimentos foi proposta pelo relator da Comissão
senador Antônio Anastasia (PSDB-MG) e provocou reação imediata dos senadores do
PT e de outros partidos de apoio ao governo. O senador Lindbergh Farias afirmou
que “a decisão do relator confirma que Anastasia não tem a parcialidade
necessária para ocupar a função, já que seu partido defende o afastamento da
presidenta”.
A senadora Gleisi Hoffmann ponderou que os documentos requisitados são
essenciais para analisar a admissibilidade do impeachment. “Estamos sendo
impedidos de fazer a defesa da presidenta Dilma, pois esses documentos
demonstram que decisões administrativas não podem ser imputadas a ela”,
destacou.
Os documentos requisitados demonstram que a presidenta não pode ser
acusada de crime de responsabilidade com base em uma operação de crédito
realizada pelo Banco do Brasil, relacionada ao Plano Safra, e na assinatura de
seis decretos orçamentários. Os requerimentos solicitam documentos ao Tribunal
de Contas da União, ao Conselho Monetário Nacional, ao Congresso Nacional, ao
Banco do Brasil, a órgãos do judiciário, além dos ministérios da Agricultura,
Fazenda, Integração, Justiça, Defesa, Ciência e Tecnologia, Educação, Trabalho
e Previdência, Direitos Humanos.
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