Opinião

Política
 
Buscar um mandato eletivo ou exercer uma atividade pública significa muita responsabilidade ética, moral e também social. Aqueles que assumem um cargo na vida pública pensando em fazer negócios, agir de forma deslumbrada ou omissa, desenvolver tráfico de influências, tirar incentivos ou financiamentos de órgãos estatais, dentre outras atitudes, não possuem sensibilidade social e muito menos moral, são dominados por forças da corrupção. Não são democratas. Por outro lado, a coerência programática e de ideias, abrangendo indicadores políticos, administrativos, econômicos e sociais, nos leva ao caminho da justiça e da liberdade, sem opressão física ou moral, mas com capacidade de entendimento ético--jurídico. O objetivo da política é a conquista, a expansão e a preservação dos espaços de poder. É comum, portanto, a disputa que os partidos e os agentes políticos desenvolvem para melhorar suas posições e operar a meta de maximizar seus esforços e efeitos. O embate e os jogos dos contrários constituem a essência dos sistemas democráticos. Mas uma regra se impõe: as democracias não podem ser ameaçadas pelas estratégias de emboscadas e conluios, bem como por atitudes aéticas e amorais. Norberto Bobbio, defensor da democracia, dos direitos individuais e da lei, ao analisar o “liberal--socialismo", destaca ideias compatíveis com a liberdade, a igualdade de oportunidades e a justiça. Lembremos Dostoiévsky: "O segredo da existência humana consiste não somente em viver, mas ainda em encontrar um motivo para viver”. Por fim, a política é dinâmica, a ética é permanente. 
 
Gonzaga Mota-Professor aposentado da UFC. Ex-Governador do Ceará e meu amigo.

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