Novidade em NY é a dieta da couve flor

Couve-flor contra o câncer de próstata

Gislaine Rabelo
Depois da última pesquisa realizada, a couve-flor contra o câncer de próstata é tida como altamente eficaz, pois realmente mata as células cancerosas. A causa é o sulforafano, um dos fitoquímicos primários neste vegetal. Pela primeira vez, ficou comprovado que seleciona, alveja, e mata células que formam um tumor. Outro benefício, é que não afeta as células prostáticas normais, deixando-as saudáveis.

Os detalhes da pesquisa científica

Esta descoberta foi realizada na Oregon State University, por cientistas do Instituto Linus Pauling. Tem sido vista pela comunidade científica internacional como um passo de grande importância na prevenção e tratamento deste tipo de câncer. Esta descoberta acabou por colocar outros ensaios clínicos em andamento, e a previsão é de que o resultado também possa ser aplicado contra o câncer de mama.
O que os pesquisadores constataram é que sulforafano, que também pode ser encontrado em níveis elevados nos demais crucíferos, como o brócolis, é um inibidor da histona-desacetilase, ou as enzimas HDAC. Para compreender melhor: as HDAC acessam o DNA, e saem em busca das células que são potencialmente cancerígenas. Quando as encontram, fazem com que cresçam mais. Portanto, conseguir inibir estas enzimas é um dos campos mais promissores do tratamento do câncer.
Em pesquisas anteriores já havia sido demonstrado que uma dieta rica em crucíferos retarda o crescimento do tumor em casos de câncer de próstata, e este último estudo não só reforça, como incrementa seu valor.
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Outro aspecto que de maneira inegável toma outra dimensão, é que com esta comprovação até os cientistas mais incrédulos começam a render-se ao poder da alimentação no processo de cura. “É a aproximação farmacêutica e alimentar”, afirmou Emily Ho, a principal investigadora do Instituto, e autora do estudo.
Por outro lado, Ho ressalva que não é porque um fitoquímico, ou nutriente, é comprovado como eficaz contra uma doença, que pode ser seguro usá-lo de maneira aleatória. É preciso avaliar quanto deve ser consumido, e qual o nível mais seguro. E é nesta direção que irá a próxima etapa da investigação.
O estudo foi apoiado pelo Instituto Nacional do Câncer, e pelo Instituto Nacional de Ciências de Saúde Ambiental – ambos americanos. O resultado foi publicado na revista "Molecular Nutrition e Food Research".

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