taques deixaram mortos na capital da França, que entrou em estado de emergência e fechou fronteiras

Premiê britânico pedirá autorização do Parlamento para atacar EI na Síria

O primeiro-ministro britânico, David Cameron, anunciou nesta segunda (23) que buscará apoio do Parlamento para que o Reino Unido possa integrar a coalizão internacional que atua contra a facção terrorista Estado Islâmico (EI) na Síria.
A informação havia sido antecipada pelo jornal "The Guardian" no domingo (22).

Eric Gaillard/Reuters
François Hollande (à dir.) chega ao Palácio do Eliseu, em Paris, com o premiê britânico, David Cameron
François Hollande (à dir.) chega ao Palácio do Eliseu, em Paris, com o premiê britânico, David Cameron
O anúncio foi realizado após um encontro em Paris com o presidente francês, François Hollande. "No final desta semana, apresentarei ao Parlamento uma estratégia contra o EI. Eu apoio a ação que o presidente Hollande tomou para lutar contra o EI na Síria e estou convencido que o Reino Unido deveria fazer o mesmo."
Além disso, Cameron colocou à disposição da França a base aérea britânica de RAF (Royal Air Force) Akrotiri, no Chipre, para operações do país contra a milícia extremista.
No dia 13 de novembro, uma série de atentados terroristas em Paris deixou 130 mortos e centenas de feridos. Nesta segunda (23), Cameron e Hollande visitaram a casa de shows Bataclan, em homenagem às 90 pessoas que morreram no local.
A França, que integra uma coalizão liderada pelos Estados Unidos contra o EI, aumentou significativamente seus ataques aéreos na Síria depois dos atentados em Paris.
MUDANÇA CLIMÁTICA E GUERRA NA SÍRIA
Herdeiro da Coroa britânica, o príncipe Charles disse em uma entrevista que deverá ir ao ar nesta segunda (23) que as causas da guerra civil síria, do terrorismo e da crise de refugiados têm suas raízes na mudança climática.
A entrevista foi gravada há três semanas, ou seja, antes dos ataques do dia 13 de novembro, em Paris.
"Alguns de nós diziam 20 e poucos anos atrás que, se não enfrentássemos esses problemas, veríamos mais conflitos sobre recursos escassos e mais dificuldades com a seca. O efeito acumulado da mudança climática significaria que mais pessoas teriam que se deslocar", disse.
"De fato, há boas evidências de que uma das principais causas para este horror na Síria foi uma seca que durou de cinco a seis anos, o que levou muitas pessoas a abandonarem suas terras e irem para as cidades."
Na próxima semana, Charles deverá discursar na COP21 (21ª Conferência do Clima da ONU).

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