O Crato virou zona. De conflito político.


Prefeitura e Câmara travam queda de braço no Crato

Prefeito do Crato, Ronaldo Mattos (PSC) vive relação conturbada com a Câmara após votação da Lei Orçamentária. Vereadores acusam Secretaria da Saúde do município de distribuir remédios com a validade expirada
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Letícia Alves leticiaalves@opovo.com.br
EDIMAR SOARES EM 22/4/2014
Ronaldo Mattos (PSC): prefeito do Crato fez BO contra denúncias

Relação conturbada entre os poderes Executivo e Legislativo, “pautas-bomba” e crise política. O cenário não é Brasília, mas Crato, município localizado na região do Cariri, no interior do Estado.


Denúncias de vereadores de que um posto de saúde da cidade estaria distribuindo remédios com prazo de validade vencido levaram o prefeito Ronaldo Mattos (PSC) a fazer Boletim de Ocorrência (B.O.).

Mattos acusa os vereadores de plantar uma sacola de medicamentos vencidos no posto para acusá-lo. Por meio de nota, porém, a Secretaria da Saúde do município admitiu que “os remédios estavam vencidos, mas estavam dentro de caixas, lacrados e aguardando recolhimento que é feito de forma periódica”.


A visita à unidade de saúde foi feita na tarde do último dia 10 por alguns vereadores, entre eles o presidente da Câmara Pedro Alagoano (PSB). Na manhã de hoje, a partir das 9 horas, será realizada audiência pública na Câmara do Crato, com a presença do secretário da Saúde Dhiones Gomes, vereadores e funcionários do posto para discutir o caso.


Crise
Embora já se arraste pelo menos desde o início do ano, a crise política no Crato teria se agravado no final do mês passado, com a votação da Lei orçamentária Anual (LOA) de 2016 da cidade. Aprovada no dia 26, a LOA passou com emendas que teriam desagradado Mattos. A principal delas determina que qualquer remanejamento de verbas destinadas a uma pasta para outra precisaria da aprovação da Câmara Municipal.

De acordo com fontes próximas ao prefeito, Mattos, que iniciou o mandato com apoio da maioria dos vereadores, teria entendido a aprovação das emendas como rompimento. Alagoano, que esteve à frente da visita ao posto de saúde, faz parte da base do governo e negou ter rompido com Mattos. “Ninguém rompeu com ele (prefeito). Nós só estamos fiscalizando e exercendo nossa função”, disse.

O vereador respondeu ainda que a crise no Crato “vem de longo período, porque os requerimentos da Câmara em relação a obras e saneamento e outros interesses da população não são atendidos pelo prefeito”. Segundo ele, a partir da aprovação das emendas, o prefeito “passou a não atender nenhum requerimento” da Câmara.

Segundo o parlamentar, a reação da prefeitura do Crato teria colaborado para a deflagração de greve dos servidores do município.
O Povo tentou entrar em contato com o prefeito do Crato, mas não obteve retorno das ligações. Telefonemas também foram realizados para a assessoria de imprensa, da prefeitura, sem sucesso.

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