Comportamento
Entendemos por ética a
parte da filosofia que trata de disciplinar e orientar o comportamento humano,
ou seja, é a ciência da moral. Esta, por sua vez, representa os bons costumes e
a boa conduta, de acordo com os preceitos socialmente fixados pela sociedade.
Já a governabilidade pode ser entendida pela qualidade intrínseca do
governante, significando a importância da tranquilidade política e
socioeconômica para que um governo possa desempenhar suas atividades básicas em
favor do povo. A governabilidade só alcança sucesso na medida em que se apoia
em princípios éticos. Dessa forma, ética e governabilidade devem caminhar juntas,
buscando uma sociedade democrática, soberana, de economia forte e socialmente
justa, onde a liberdade e a igualdade de oportunidades façam parte do processo.
A politica pode ser mutável ou dinâmica, ao longo do tempo, já a ética é permanente.
Aliás, vale lembrar Bacon: “Como é estranho ambicionar o poder e perder a
liberdade”. “O fim justifica os meios”, conforme Maquiavel, não é uma atitude
estratégica, mas uma conduta incorreta que não proporciona uma situação de
justiça, nem se baseia na essência da democracia, possibilitando a ambição pelo
poder, a corrupção, a adoção de métodos fisiológicos, o “marketing” tendencioso,
etc. Nos dias atuais existem muitos Estados ditos democráticos; elegem seus
governantes, todavia, não apresentam uma sincera e clara harmonia entre os
aspectos éticos e de governabilidade. Lamentavelmente, alguns governantes não
sabem, ou não desejam, por outras razões, entender os dois conceitos.
Gonzaga
Mota-professor e escritor, ex-Governador do Ceará e meu amigo.
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