O trem tá é feio na Suiça


Coca-Cola e McDonald's pedem renúncia imediata de Blatter

O megaescândalo de corrupção que abala o futebol mundial ganhou mais um capítulo nesta sexta-feira, com a decisão dos dois patrocinadores da Fifa, Coca-Cola e McDonald's, de pedir a renúncia imediata de Joseph Blatter, presidente demissionário da entidade.
"Pelo bem do jogo, a companhia Coca-Cola pede para que o presidente da Fifa, Joseph Blatter, renuncie imediatamente, para que um processo de reformas confiável e viável possa começar seriamente", escreveu a empresa americana num comunicado.
Minutos depois, o cartola respondeu por meio dos seus advogados que descarta deixar o cargo.
"Coca-Cola é um patrocinador valioso para a Fifa, mas o senhor Blatter discorda, com todo o respeito, da sua posição, e acredita com firmeza que deixar o cargo agora não serviria os interesses da Fifa ou adiantaria o processo de reformas, por isso descarta renunciar ao cargo", rebateu Richard Cullen, advogado do suíço de 79 anos, em outro comunicado.
Na última sexta-feira, a justiça suíça abriu uma investigação criminal contra Blatter, por "abuso de confiança" e "pagamento indevido" de dois milhões de francos suíços (1,8 milhão de euros) a Michel Platini, presidente da Uefa.
A Procuradoria-Geral também suspeita que o suíço de 79 anos assinou "um contrato desfavorável para a Fifa" com a União Caribenha de Futebol (CFU), presidida por Jack Warner, na venda dos direitos de transmissão das Copas do Mundo de 2010 e 2014.
O escândalo estourou no dia 27 de maio, com a prisão num hotel de luxo em Zurique de sete altos dirigentes da Fifa a pedido da justiça americana, entre eles o brasileiro José Maria Marin, ex-presidente da CBF.
Esses cartolas estavam na Suíça para participar do congresso em que Blatter foi reeleito para um quinto mandato, no dia 29 de maio.
O suíço, porém, acabou colocando o cargo a disposição quatro dias depois, diante da forte pressão internacional, principalmente da parte dos patrocinadores.
Mesmo assim, Blatter pretende permanecer nas suas funções até o dia 26 de fevereiro, data marcada para a eleição do seu sucessor.

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