Espanhóis são presos com mais de 100 kg de maconha
CAMILA VASCONCELOSDa Redação
Cinco homens que atuavam no esquema de tráfico de drogas nos municípios de Maracanaú e Caucaia, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), foram presos na tarde de terça-feira (1o), durante uma operação da Polícia Civil. Com o grupo, a Polícia apreendeu 105 quilos de maconha, além de sementes para o cultivo e sete mudas da planta.
Faziam parte do bando os espanhóis. José Torres Torrecilla, 46, mais conhecido como “Gringo”, apontado como chefe do grupo; e Júlio Martinês Uchoa, 54, que já cumpriu pena de seis anos, no Brasil, por tráfico de drogas e tinha um mandado de extradição, expedido pela Justiça Federal. “Júlio foi preso, pela primeira vez, quando tentava entrar em Fortaleza com 6 quilos de cocaína. Ele foi flagrado no aeroporto pela Polícia Federal”, disse a diretora da Divisão de Combate ao Tráfico de Drogas (DCTD), delegada Patrícia Bezerra, acrescentando que os dois espanhóis estavam em situação irregular no Brasil.
Além dos estrangeiros, foram presos o cearense Gustavo de Lima Uchoa, 24; o mineiro Cleiton Gomes Quaresma, 21, e o paranaense Sérgio dos Santos Castro, 38, conhecido como “Sérgio da Pavuna”. “Pavuna” era o “gerente” da quadrilha e responsável pela distribuição das drogas. “Era ele que alimentava as “bocas” de Maracanaú”, relatou a delegada.
Investigações
Segundo o titular da DCTD, Sérgio Santos, as investigações levaram à informação de que a droga vinha do Paraguai. “Recebemos a notícia da chegada de um carregamento de drogas, e os policiais entraram em campo. No final da linha do ônibus de Maracanaú, fizemos o flagrante da entrega de 30 quilos da droga. A partir daí, as diligências aconteceram. Na residência do “Gringo”, em um sítio em Maracanaú, encontramos mais 70 quilos de maconha. No local, foi preso, ainda, o espanhol comparsa dele. Depois nos deslocamos até um sítio no Cumbuco, em Caucaia, onde funcionava um camping. Lá, foi encontrado o resto do material”, explicou.
Os cinco homens estão presos na sede da DCTD e deverão responder por tráfico de drogas e associação para o tráfico. De acordo com Patrícia Bezerra, José Torres também deverá responder por uso de documento falso, já que no momento da prisão, a Polícia encontrou vários documentos falsos do espanhol. “Ele apresentou nome falso e depois, quando investigamos, descobrimos que ele mentiu outros nomes. Ainda estamos levantando dados sobre ele, pois encontramos com ele vários documentos falsificados e ele pode estar envolvido em outros crimes”, afirmou.
A Polícia Civil acredita que a prisão “representa um golpe grande na organização, porque além do prejuízo financeiro, nós desmantelamos as principais bases da organização. O “Gringo”, que era dono e que movimentava a droga entre o Brasil e o Paraguai, está preso, e o seu principal gerente, o “Sérgio da Pavuna”, que distribuía a droga nas “bocas-de-fumo” em Maracanaú e Caucaia, também foi preso”, ressaltou Patrícia.
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