Romanos recebe os petrorianos de Cid & Cia.


Cid Gomes reúne aliados visando as eleições de 2016
O ex-governador Cid Gomes comandará, a partir das 18h30 de hoje, um novo encontro com correligionários e aliados. A ordem é avaliar a situação do grupo para as eleições de 2016, e, principalmente, analisar a possibilidade de permanecer no Pros ou migrar para o PDT. Cid convocou a reunião na última sexta-feira (14), inclusive ,divulgou a informação na sua página pessoal no Facebook.
A expectativa é que seja anunciada a mudança partidária do grupo, mas, na prática, o cenário é de indefinição, conforme relatam lideranças do Pros. “Não há definição. Vamos mais uma vez ouvir e dialogar. Estamos analisando os caminhos. Não é para anunciar decisão”, destacou o deputado federal Domingos Neto (Pros) ao jornal O Estado.
Questionado se o grupo poderia se dividir, o parlamentar não quis afirmar e comentou sobre a possibilidade de se criar uma “janela partidária”. Ele se refere à proposta de Emenda Constitucional (PEC) aprovada pela Câmara que abre um período de 30 dias para que deputados estaduais, federais e vereadores possam mudar de partido sem perder os mandatos. A medida faz parte do pacote da reforma política. Segundo Domingos Neto, “tudo está sendo analisado”. O parlamentar, porém, acredita haver tempo hábil para que o grupo tome uma definição, antes do que determina a legislação. “Acho que dá tempo. Da outra vez, deu certo”, disse ao ser questionado do tempo curto para a exigência eleitoral.
A definição sobre a ida do grupo liderado por Cid e Ciro Gomes para o PDT tem sido considerada mais urgente devido às eleições municipais de 2016. Isso porque o prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio, é candidato à reeleição e terá de cumprir a legislação eleitoral, que exige, pelo menos, um ano de filiação ao uma legenda para uma candidatura. Na verdade, nos bastidores, as informações são de que o grupo teme que o Pros negocie as alianças e sacrifique a possibilidade de candidatura própria. Além disso, a falta de autonomia por conta do regimento interno, também gera um “desconforto”, que, segundo o próprio Cid, não diz respeito apenas ao Ceará, mas em outros estados também.  

Articulações
Na semana passada, Cid esteve novamente reunido com o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi. Além do ex-governador, o presidente da Assembleia Legislativa, Zezinho Albuquerque, e o deputado André Figueiredo (PDT) participaram do encontro, que, segundo fontes ouvidas pela reportagem, não logrou avanço. O encontro aconteceu após a legenda anunciar saída da base do governo Dilma Rousseff e o ex-ministro Ciro Gomes tecer comentários sobre o Partido dos Trabalhadores, o ex-presidente Lula e a própria Presidente. Segundo Ciro, “está em marcha um golpe” que “vai tornar o país ingovernável por uns 20 anos”. A situação se agrava porque, de acordo com ele, “a população está se sentido traída, enganada. A Dilma mentiu para a população”, disse.

Resistência
A ida do grupo para o PDT encontra resistência no senador Cristovam Buarque (DF), que mira na filiação dos irmãos Ferreira Gomes o fim dos seus planos de se candidatar novamente à presidência da República em 2018. No Ceará, o deputado Heitor Férrer (PDT), ferrenho opositor da gestão Cid, está incomodado com a possibilidade da migração do grupo – formado por dez deputados estaduais, três deputados federais e 70 prefeitos, que devem seguir Cid na troca do Pros pelo PDT.

Mais
O encontro do grupo liderado por Cid acontece no Centro de Convenções do Hotel Romanos, na Rua Padre Pedro de Alencar, 2230 (Rodovia BR-116 antiga), em Messejana.

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