Papa Francisco precede o Juízo Final, afirma profecia centenária

Durante uma visita a Roma em 1139, São Malaquias de Armagh teve uma visão de todos os papas - começando pelo que governava a Igreja naquele ano, até o papa que exerceria o pontificado no dia do Juízo Final. Conhecido por operar curas milagrosas, Malaquias registrou suas visões em 112 frases sucintas que representavam o papa descrito.
Alguns historiadores afirmam que Malaquias ofereceu as profecias ao papa Inocêncio II para confortá-lo em um período conturbado vivido pelo papado. Depois foram guardadas a sete chaves no Vaticano e esquecidas por aproximadamente 400 anos, até serem redescobertas em 1590 por Arnold de Wyon, que questionou a autenticidade dos documentos. É o que revela o historiador Robert Howells em "O Último Papa"
Divulgação
Historiador Robert Howells investiga as origens e a veracidade das profecias papais de São Malaquias
Historiador Robert Howells investiga as origens e a veracidade das profecias papais de São Malaquias
Quando o papa Bento XVI renunciou, seu sucessor seria o responsável por testemunhar o declínio de Roma, de acordo com a profecia. Ela diz o seguinte:
"Na última perseguição, a sede da Santa Igreja Romana será ocupada por Pedro Romano, que apascentará as ovelhas em meio a muitas tribulações, e quando essas coisas tiverem terminado, a cidade das sete colinas será destruída e o Juiz terrível julgará seu povo. Fim".
No dia 13 de março de 2013, Jorge Mario Bergoglio se tornou o primeiro papa não europeu em 1.300 anos, o que pegou muitos especialistas de surpresa. O pontífice escolheu ser chamado de Francisco em homenagem a São Francisco de Assis.
As indicações dadas por Malaquias consistem em uma única e breve descrição. Na maioria dos casos, é possível relacionar a descrição a algum aspecto do papa, como seu país de origem, seu nome, insígnia familiar ou ainda ao título ou posição que ocupava antes de morrer. Embora Francisco seja parcialmente italiano, não é possível afirmar que ele é realmente de Roma. Porém, membros da Cúria, por exercerem uma função administrativa no Vaticano, são automaticamente identificados como "romanos".
Já em relação ao nome Pedro, Howells explica que os vínculos com o aspecto "Pedro" da profecia não ficaram claros até Bergoglio escolher o título Francisco. "Ele adotou esse nome inspirando-se em São Francisco de Assis, cujo nome completo era Francesco di Pietro di Bernardone - sendo Pietro o correspondente italiano de 'Pedro'".
Na conclusão "O Último Papa", Howells opina que a verdadeira revelação não é a concretização da profecia, mas o fato de que o aviso final parece possível - afinal, de todas as predições envolvendo a Igreja Católica nos últimos dois milênios, a de Malaquias se mostrou a mais confiável.
"Se Deus permitir que a Igreja Católica venha abaixo física e espiritualmente, o que isso significa para os fiéis? O desafio que se apresenta para o último papa é que, apesar da destruição, precisamos ir além do véu, a manifestação física da Igreja, e ver sua contraparte espiritual, não nos livros e palavras dos papas, mas em nossa própria alma", escreve.
Robert Howells nasceu em Londres, em 1968, e passou os últimos 20 anos investigando mistérios religiosos e históricos. Trabalhou como gerente da Watkins Books, uma das mais antigas livrarias esotéricas da Europa, e foi o principal consultor do documentário "Linhagem", fazendo a mediação entre os produtores do filme e os membros do Priorado.

Tony Gentile/Reuters
O papa Francisco chega para sua audiência semanal na praça São Pedro, no Vaticano, em foto de junho de 2015
O papa Francisco chega para sua audiência semanal na praça São Pedro, no Vaticano, em foto de junho de 2015

Nenhum comentário:

Postar um comentário