Pesquisa aponta otimismo com perspectivas do microcrédito no país
No país –
Segundo a Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílios do IBGE (PNAD), o
número de empreendedores no Brasil corresponde a um quarto da força de
trabalho ocupada (24,4%) e ultrapassa os 23,1 milhões de indivíduos.
Desses, 84,6% são trabalhadores por conta própria
e 15,4% são empregadores. Nesse contexto, estimativas realizadas
indicam que pode chegar a 21,8 milhões de pessoas o número de
empreendedores que podem se tornar clientes do PNMPO – 85,7%
trabalhadores por conta própria e 14,5% empregadores. Desse total, 80,9%
estão em áreas urbanas e 19,1% em áreas rurais.
Estudo do MTE/DATAUnB mostra crescimento de 20% na oferta, comparando primeiros semestres de 2013 e 2014. Recursos alcançaram R$
6,45 bi
Brasília, 18/08/2015 –
As instituições que atuam com microcrédito avaliam positivamente as
perspectivas para os próximos cinco anos e acreditam que o mercado
poderá expandir no período. A informação faz parte do estudo sobre o
Programa Nacional de Microcrédito Produtivo Orientado
(PNMPO), realizado pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), em uma
cooperação técnica com o Centro de Pesquisas de Opinião Pública da
Universidade de Brasília (DATAUnB).
O
trabalho mostra que entre o primeiro semestre de 2013 e o mesmo período
de 2014 houve crescimento de 20%
no volume de oferta de microcrédito; com os recursos ofertados chegando
a R$ 6,45 bilhões. Além disso, o número de atendidos no período da
pesquisa alcançou 4,7 milhões de pessoas, um aumento de 19%. A pesquisa
apontou ainda que os programas públicos de microcrédito
são fundamentais para o desenvolvimento econômico do país e necessitam
se integrar às ações dirigidas à população de baixa renda e à
formalização de mão de obra, como o Sistema Nacional de Emprego (Sine).
“O Microcrédito Produtivo atinge diretamente aquelas
pessoas que mais precisam da
atenção do Estado e que necessitam de um crédito que seja também
orientado, guiado, e cuja soma de recurso proporciona mais qualidade de
vida para um grande contingente populacional”, declarou o ministro do
Trabalho e Emprego, Manoel Dias, ao falar dos resultados.
O
diretor do DATAUnB, José Angelo Belloni, explica que os micro e
pequenos empreendedores possuem grande
responsabilidade e consciência no uso dos recursos, honram seus
compromissos e têm baixa taxa de inadimplência, mas nem sempre buscam
apoio para criar um empreendimento. "Eles fazem parte de um contingente
que não tem acesso aos bancos ou cooperativas de crédito.
Por isso, o governo precisa sempre ir atrás dessas pessoas, em seus
locais de moradia e trabalho, conversando, mostrando alternativas de
credito, oportunidades e possibilidades para empreender”, ressalta.
Resultados – Durante
os oito anos de atuação do programa, cerca de 14 milhões de
microempreendedores tiveram acesso ao microcrédito produtivo orientado,
com R$ 24 bilhões concedidos
em crédito. Os
números refletem a ação de uma rede de organizações habilitadas, que
informam seus resultados trimestralmente, por meio de um sistema de
coleta de informações gerido pelo MTE.
Os relatórios estão disponíveis no link http://portal.mte.gov.br/pnmpo/banco-de-dados.htm).
Os pesquisadores reuniram dados de 118 instituições ligadas ao microcrédito, como cooperativas, OSCIPs,
sociedades de crédito e bancos.
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