Merkel no Alvorada prestigiando Dilma

Dilma recebe chanceler alemã Angela Merkel em jantar no Alvorada

A presidenta Dilma Rousseff recebeu a chanceler alemã Angela Merkel, que chegou por volta de 20h30 ao Palácio da Alvorada para jantar com ela, mais de vinte ministros brasileiros e o vice-presidente Michel Temer, no primeiro compromisso da agenda entre os dois países, que prevê encontros privados entre as duas chefes de estado e conversas separadas entre ministros de áreas em comum alemães e brasileiros.
De acordo com o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro Neto, que está presente no jantar, o “tema central” do encontro entre as mandatárias é a perspectiva de início das trocas comerciais que celebrarão o acordo entre o Mercosul e a União Europeia. Mas outro tema de grande interesse entre ambos os países é a possibilidade de investimentos alemães no país.
Dilma recebe a chanceler da Alemanha, Angela Merkel 
Dilma recebe a chanceler da Alemanha, Angela Merkel 
“Há uma compreensão de que a Alemanha pode ter grande interesse no plano de concessões em infraestrutura que o Brasil está realizando. Identificamos algumas áreas, como ferrovias e portos, podem interessar a investidores e empresas alemães”, disse Monteiro. Para o ministro, a parceria entre os dois países e os programas de investimentos tendem a continuar, já que há um “grande interesse” dos alemães no mercado brasileiro.
Na tarde de hoje, representantes de grandes empresas brasileiras se reuniram com Dilma para trocar informações sobre as prioridades do setor privado na agenda bilateral. Na manhã desta quinta-feira (20), antes de Merkel ser recepcionada por Dilma no Palácio do Planalto, serão realizadas mais de 20 reuniões setoriais de ministros brasileiros com seus homólogos alemães para discutirem a celebração de pelo menos quinze acordos em áreas como inovação, pesquisa, mineração, marinha, educação, saúde e segurança alimentar.
Segundo Armando Monteiro, os empresários reconheceram que a Alemanha é um “parceiro estratégico” do Brasil e que os dois países têm muito a trocar nos setores de inovação, indústria e energia renovável. O país é o principal parceiro comercial do Brasil na Europa e o quarto no mundo (atrás apenas de China, Estados Unidos e Argentina), em um comércio bilateral que envolve mais de US$ 20 bilhões. Cerca de 1600 empresas alemãs estão instaladas em território brasileiras, algumas centenárias, informou.
O ministro reconhece que há um déficit no lado brasileiro, já que as importações contêm bens de alto valor agregado, ao contrário do fluxo no sentido inverso: “Esse déficit não é em si mesmo um problema, porque o Brasil precisa dos bens que importa da Alemanha. Ela tem muita qualidade na produção de importantes equipamentos. Portanto, pelo estágio de desenvolvimento tecnológico da Alemanha, o Brasil vai ter a Alemanha como supridora desses bens. A nossa estratégia é ver como podemos adicionar mais valor às nossas exportações”.

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