Fraude
em licitações: MPCE ajuíza ações em Paracuru
O
Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE), por intermédio da
promotora de Justiça da comarca de Paracuru, Elizabeba Rebouças
Tomé Praciano, ajuizou nessa sexta-feira (21) uma ação de
improbidade administrativa contra o ex-presidente da Câmara
Municipal de Paracuru (CMP), Carlos
Alberto de Castro, os ex
membros da Comissão de Licitação Francisco João Ribeiro da Silva,
Fátima Vieira Lima e José Juciê Laureno, além da contadora Maria
Adélio Soares Bezerra e Manoel Paiva Neto, todos acusados de cometer
fraude em licitação.
Para
a promotora de Justiça, a fraude ocorreu na contratação do
escritório de Rh & Assessoria Contábil Ltda e da contadora
Maria Adélia Soares Bezerra para prestar serviços de contabilidade
na folha de pagamento na CMP no ano de 2012. “O processo
licitatório constitui uma farsa à medida que alguns membros da
comissão disseram não saber o que era uma licitação, tendo
conhecimento que era membro da Comissão de Licitação somente
quando fora intimado pelo Ministério Público, que investigava a
fraude nas licitações naquela Casa Legislativa.”
Ação
Criminal
Na
esfera criminal, o MPCE ajuizou, no último dia 13, ações contra os
ex-presidentes da CMP, Luis
Antônio Cipriano Vieira, Maria Ieda Sampaio Barroso, João Pessoa
Vieira, Francisco João
Ribeiro Da Silva, José Haroldo Nascimento de
Sousa, Carlos Alberto de
Castro, João
Gualberto Sales Neto e
Gilvânia
dos
Santos Lima, que
atuaram nas gestões de 2004 a 2011 respectivamente, contra membros
da Comissão de Licitação, advogados
e empresários. No
total, 34 pessoas foram denunciadas por
fraude em licitação na locação de veículos.
Segundo
o MPCE, os contratos de locação de veículos tinham a duração de
11 meses e o valor pago por contrato superava, de acordo com a tabela
FIPE, o valor de compra do veículo locado em até 40%, fato que
gerou grande prejuízo aos cofres públicos. Na investigação também
restou provado que os acusados falsificavam os processos licitatórios
para dar legitimidade à contratação de empresas que eram
escolhidas antes de ser deflagrada a licitação.
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