O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, esteve nessa sexta-feira (31) no
Ceará, onde visitou o Complexo Industrial e Portuário do Pecém, na
Região Metropolitana de Fortaleza, e fez palestra de encerramento do 21º
Fórum Banco do Nordeste de Desenvolvimento. Após o evento, em
entrevista coletiva, Levy disse que acredita na recuperação do ambiente
fiscal do governo no segundo semestre, diante da nova meta do superávit
primário (economia para pagar juros da dívida pública), que foi reduzida
para 0,15% do Produto Interno Bruto (PIB, a soma das riquezas
produzidas no país).
Ele ressaltou que a equipe econômica do governo está empenhada em
trabalhar forte para tanto, e Isso requer esforço. Levy salientou que a
área técnica está tomando medidas, inclusive na área da arrecadação de
receitas junto a grandes empresas. “Todo mundo sabe que, se a gente não
cumprir o superávit primário, se não organizar a economia, a situação
será mais difícil”. Segundo Levy, esse trabalho é feito em conjunto com a
Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional.
Uma arrecadação considerada “sensível”, e que mais vem caindo, é a do
Imposto de Renda. A queda é justificada em parte, segundo ele, pela
baixa perspectiva de lucro e pela diminuição da liquidez (facilidade de
transformar os recursos disponíveis em retorno financeiro) das empresas.
“Essa não é uma consequência do ajuste fiscal, mas da dinâmica da
economia. Isso é exatamente o que estamos combatendo e é por isso que é
importante avançar no ajuste fiscal e em outras medidas para a gente
voltar a crescer”.
(Agência Brasil)
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