Assaltaram a Prefeitura do Crato


Esquema no Crato desvia R$ 5,2 milhões em recursos
Na tarde de ontem, os promotores do Ministério Público do Estado do Ceará, membros que investigam a Operação “A Hora da Verdade”, concederam coletiva de imprensa sobre os problemas nas licitações que envolve três empresas em esquema de desvio de verba superior a R$ 5,2 milhões. Durante a coletiva, os promotores afirmaram que a comissão de licitação servia apenas de fachada para burlar a fiscalização. A prova disso são documentos que determinam como deveria ser o posicionamento da procuradoria do município diante de ações licitatórias.
Em depoimento, foi verificado que alguns membros da comissão de licitação não teriam participado sequer de uma reunião, além de recibos em branco assinado com data retroativa que foram descobertos ainda na primeira fase da operação. O resultado da operação desencadeada na manhã de ontem no Crato, foi o pedido de prisão preventiva dos empresários Francisco Rivaildo e Laecio Teles Braga e o pedido de afastamento do secretário municipal de Finanças do município, Édio Oliveira Nunes. O MP aponta os três, além do procurador do município, George Erico e a ex-presidente da Comissão de Licitação, Angélica Bezerra Lessa como operadores de um esquema de corrupção e direcionamento das licitações públicas.
De acordo com o a promotoria, uma das empresas envolvidas no esquema era a Comeg, que teria financiado a campanha do prefeito da cidade do Crato Ronaldo Gomes Matos (sem partido) e que vendia medicamentos com preços muito acima do valor de marcado. Em alguns casos os valores eram 400% acima do verificado na concorrência. Outras duas empresas do ramo gráfico também foram apontadas pelo MP como envolvidas em esquemas de licitação.
Segundo o promotor as empresas Lobo ME e Manoel Magalhães ME estariam sendo beneficiadas com direcionamento e dispensa de licitações pelo município após fornecer material gráfico para a campanha do prefeito.
Ação penal foi ajuizada contra Francisco Rivaildo Braga, Laecio Teles Braga, José Alves Lobo, Manoel Magalhães, George Erico, Valter pereira dos Santos e Angélica Bezerra Lessa, eles devem responder por peculato, associação criminosa e dispensa indevida de licitações e também tiveram decretada a quebra de sigilo bancário. Ainda segundo a promotoria, não há elementos que liguem diretamente o prefeito da cidade ao fato ocorrido no âmbito criminal.

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