As coisas dos interesses

Um dia fui a Cuba. Outro dia foi a Cuba e acabei indo a Cuba 26 vezes em alguns anos. Jamais passei menos que uma semana em cada ida.
Fui movido pela curiosidade e por anotações que seriam enfeixadas num livro que nem sei quando isso irá ao papel e ao prelo, porque continua rendendo a cada dia.
A primeira vez, convidado pelo saudoso Eufrasino Neto, vi um mundo diferente, ao que depois foi acostumando. Logo alí quebrei barreiras internas e vi Fidel elogiar Gonzaga Mota.
Na segunda vez ouvi João Paulo II dizer ao pé da escada do avião da Alitália que o levara à Ilha: Que o mundo se abra a Cuba e que Cuba se abra ao mundo.
Ontem, a bandeira dos Estados Unidos voltou a tremular no topo do mastro da  Embaixada agora reaberta.
A única referencia veio de fora das fontes oficiais e me dizia que o Governo, agora não mais ateu, mas laico e quase em religiosidade, doou um terreno para a construção de uma Igreja em homenagem a João Paulo II, um franciscano como foram na juventude, os estudantes Fidel e Raul Castro.
Melhor que diabo de nada.
Mas o que tem alí, de interesses contrariados é um colosso.
Eu um dia traduzi a briga de Cuba com os Estados Unidos assim>

Os americanos jamais invadirão Cuba outra vez. É bom pros dois a coisa como está.
Os Estados Unidos ficam quietos dizendo: Somos democratas; não invadimos lá, aqui tão perto porque acreditamos na democracia.
Os cubanos, ficam ouriçados dizendo: Eles não têm coragem de nos enfrentar;somos pequenos mas somos fortes.
E aí que andou, andou, andou e...entrou pelo bico do pato e saiu pelo bico do pinto, e seu rei mandou dizer que contasse mais cinco.

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