Planalto não sabia da agenda de almoço de Eunicio com DIlma


Aliados de Camilo rebatem críticas de Eunício Oliveira
Em defesa do Governo do Estado, aliados respondem às críticas disparadas pelo senador Eunício Oliveira (PMDB) sobre a situação da saúde pública em que se encontra o Ceará, com corredores lotados de pacientes à espera de atendimento nos hospitais. Ao jornal O Estado, o peemedebista falou em pedir intervenção ao Governo Federal, durante reunião com o ministro Aloisio Mercadante, da Casa Civil, e a presidente Dilma Rouseff. A vice-líder do Governo na Assembleia Legislativa, deputada Rachel Marques (PT), aponta que o governador Camilo Santana anunciou medidas para sanar os problemas e, portanto, discorda da solicitação de intervenção federal.
“O governador já tornou públicas as providências em relação a essa questão, além de ter disponibilizado mais recursos. O assunto é de responsabilidade do Governo Estadual e não cabe uma intervenção, mas parceria. Acredito que ele deva pedir mais apoio e parceria”, apontou a petista.
De acordo com a parlamentar, na realidade, uma intervenção se faz necessária quando não há ação por parte do Governo, o que não é o caso do Estado do Ceará. Segundo ressaltou, em vez de caos, houve uma ampliação da rede de atendimento na área da saúde. “Não há caos na saúde, as instituições estão em pleno funcionamento. Não está faltando macas, o que vimos foi ampliação de leitos, ainda no governo Cid”, relatou. Para ela, a superlotação é uma sazonalidade, ocasionada pelo número de casos de dengue e viroses.
A saúde tem se apresentado como uma das áreas mais complicadas do governo Camilo Santana (PT) e que vem acumulando problemas. Há pelo menos dois meses, os hospitais do Ceará enfrentam superlotação acima da média. Ao longo dos últimos dias, a situação ficou mais evidente após a divulgação de imagens do socorro feito no chão dos corredores do Instituto Doutor José Frota (IJF) e a oficialização da exoneração do ex-secretário, Carlile Lavor.
O deputado Carlos Felipe (PCdoB) também discorda da intervenção por parte da União. Para ele, o Governo Federal não tem autonomia, uma vez que o problema é devido à falta de recursos. Ele destaca que os repasses do Ministério da Saúde são insuficientes para o custeio do setor no Estado e defende a criação de fundo único para a Saúde, com vinculação com algum imposto. “Essa crise só será resolvida quando for criado um fundo para a Saúde, nos mesmos moldes em que a educação tem o Fundeb”, afirmou.
O parlamentar sugere reavaliar o projeto de lei, de iniciativa popular, que obriga a União a investir na Saúde Pública 10% de sua receita corrente bruta. As assinaturas foram coletadas em todo País por mais de 100 entidades que integram o Movimento Nacional em Defesa da Saúde Pública, o Saúde + 10, entre elas todos os conselhos profissionais da área de Saúde, CNBB e OAB. Para ele, a iniciativa poderia ser uma solução. A matéria encontra-se em tramitação na Câmara dos Deputados desde agosto de 2013 e contou com o apoio de mais de 1,9 milhão de assinaturas.
Encontro com Dilma
é frustrado
A expectativa sobre o encontro da presidente Dilma Rousseff e o senador Eunício Oliveira movimentou os bastidores, mas acabou frustrada. Eunício anunciou que iria participar de um almoço com a presidente, ontem, mas até o fechamento desta edição, o Palácio do Planalto não havia confirmado a agenda. A assessoria do peemedebista também não soube informar detalhes da agenda para a reportagem. Eunício defende a intervenção do Governo Federal para conter a crise na Saúde Pública do Ceará e o assunto seria tratado com a presidente brasileira.

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