CPI do HSBC pode ir à França para aprofundar investigações
A CPI do HSBC deve aprovar, em reunião na manhã desta quinta-feira (28),
às 9h30,
requerimento para o envio de uma comissão de senadores à França. O
colegiado irá analisar 21 requerimentos, na maioria de autoria do
senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP). O objetivo é ouvir o
franco-italiano Hervé Falciani, ex-funcionário do banco que reuniu
dados de correntistas de agência na Suíça em lista conhecida como
Swissleaks, e obter acesso a informações sobre clientes brasileiros
dessa filial.
Foi
do arquivo deste ex-funcionário que partiu o vazamento de 106 mil
contas de clientes de 203 países, que passaram a ser investigados por
supostas irregularidades.
Os depósitos somavam mais de U$ 100 bilhões, sendo que o Brasil é o 4º
colocado no número de clientes.
A
Receita Federal informou ter identificado à existência de 5.581 contas,
ativas e inativas, de brasileiros no HSBC da Suíça. Do total, 1.702
apresentavam saldo
ao final de 2006, somando aproximadamente US$ 5,4 bilhões.
A
Receita faz um cruzamento de dados para tentar identificar
contribuintes com indícios de evasão fiscal, no período de 2011 a 2014.
Também deve usar dados do
Banco Central e do Conselho de Controle de Atividades Financeiras
(Coaf) para buscar indícios de crimes contra o sistema financeiro e de
lavagem de dinheiro.
O
arquivo eletrônico sobre os brasileiros em poder do órgão arrecadador
não pode compartilhar os dados com a CPI, por determinação das
autoridades francesas.
Também
consta na pauta requerimentos pedindo a quebra do sigilo fiscal de 16
nomes, entre eles o do doleiro Henry Hoyer (investigado pela Lava Jato),
do ex-diretor
do metrô paulista Paulo Celso Mano, de duas irmãs do deputado Paulo
Maluf (Therezinha e Nely), dos empresários Benjamin Steinbruch e Dario
Queiroz Galvão.
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