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Camilo: “Tem que ter mais dinheiro para a saúde”
Com a crise na saúde pública se agravando, o governador Camilo Santana reuniu-se, ontem, com os diretores dos hospitais públicos estaduais, na Secretaria da Saúde do Estado (Sesa). Segundo o gestor, a reunião foi necessária para avaliar os gargalos da saúde e buscar uma solução. Apesar de apontar que o problema é mais complexo e precisa de uma discussão nacional, o governador adiantou que já autorizou todos os recursos necessários para as medidas emergenciais. Ainda de acordo com ele, a questão vai ser resolvida, primeiro, com dinheiro, e segundo com a união entre Município, Estado e União.  “Tem que ter mais dinheiro para a saúde pública”, avaliou.
Entre as medidas emergenciais, Camilo ressaltou a possibilidade de contratar leitos de retaguarda, para auxiliar na demanda dos hospitais. “Estou avaliando pessoalmente os gargalos. Todas as medidas eu estou tratando pessoalmente, restabelecendo qualquer material ou medicamento que esteja faltando nos hospitais. Já autorizei todos os recursos necessários, muitos já foram repostos e falta só a entrega por parte dos fornecedores. Convoquei todos os diretores de hospitais, para avaliar os problemas e identificarmos as soluções juntos. Estou estudando a questão de leitos de retaguarda, para diminuirmos as filas nos hospitais. As medidas urgentes que forem necessárias estamos tomando”, afirmou o governador.

Comitê
O governador destacou que os gargalos da área não são de hoje e nem exclusivos do Estado. Para conter a crise no Ceará, o gestor anunciou a criação de um comitê. “Agora, nós temos que dar as mãos. Vou criar um comitê, chamar os sindicatos médicos e os setores responsáveis para que possamos, juntos, construir as saídas para a saúde pública para o Estado do Ceará”, declarou.
Camilo ressaltou, ainda, o investimento do Estado em saúde. De acordo com ele, foi gasto R$ 50 milhões a mais de janeiro a abril desse ano, comparado ao mesmo período de 2014. O gestor afirmou que o Estado montou mais seis Unidades de Pronto Atendimento (Upas) em Fortaleza e dois hospitais no Interior para amenizar a demanda das unidades hospitalares da Capital. No entanto, a procura continua crescendo. Camilo Santana destacou que o Ceará abriu 1.104 novos leitos de hospital, enquanto a rede privada conveniada SUS fechou 1.400.
“Há oito anos, a cada um real que o Ceará gastava, recebíamos um real a nível federal. Hoje, a cada um real que recebemos do governo federal, gastamos R$ 4. O Ceará gastou R$ 1,472 bilhão em 2014. Eu gastei em saúde, nos quatro primeiros meses de 2015, R$ 50 milhões a mais do que foi gasto entre janeiro a abril de 2014. Essa questão que precisa ser colocada. Há uma demanda maior da população, pessoas vindo do Interior para os hospitais da Capital atrás de serviços. É importante também olhar a quantidade de vidas salvas no Ceará todos os dias”, analisou o governador.

MPCE discute condições de postos de saúde

Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE), através da promotora de Justiça de Defesa da Saúde Pública, Isabel Pôrto, realiza, hoje (14), às 9 horas, uma audiência para discutir as atuais condições de funcionamentos das Unidades de Atenção Primária à Saúde (Postos de Saúde) de Parangaba, Filgueiras Lima e Luís Costa.
Segundo o MPCE, o objetivo da audiência é exigir dos órgãos competentes a adoção de medidas para a resolução das irregularidades constatadas, de forma a garantir-se o adequado funcionamento das unidades em questão. Também foram convidados a acompanhar a audiência a Comissão de Seguridade Social e Saúde da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará e a Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara Municipal de Fortaleza.

Audiência
A audiência foi designada considerando a situação constatada por ocasião de visita institucional realizada pela Promotoria da Saúde no último dia 27 de março de 2015, em parceria com a Comissão de Saúde da Ordem dos Advogados do Brasil – Secção Ceará (OAB-CE) e outras entidades da área da saúde.  Foram notificados para comparecer à audiência a Secretaria Municipal da Saúde de Fortaleza, a Vigilância Sanitária do Município de Fortaleza, o Distrito de Saúde da SER IV, o Conselho Municipal de Saúde de Fortaleza, o Conselho de Saúde da Regional IV e os Coordenadores dos Postos de Saúde visitados.

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