Confronto
e violência marcaram a final do Campeonato Cearense, entre Fortaleza e
Ceará, ontem, na Arena Castelão. Logo após término da partida, que deu
título ao Fortaleza, torcedores invadiram o campo, e houve brigas entre
as duas torcidas rivais.
A
invasão generalizou-se, e o cenário era de guerra dentro do campo. Os
jogadores, que se preparavam para subir ao pódio, deixaram o campo
quando a confusão teve início. Enquanto isso, muita quebradeira e
pancadaria. Nas arquibancadas, pessoas correndo e machucadas. Cadeiras e
objetos foram arremessados. Os torcedores entraram em confronto com a
Polícia Militar, que interveio lançando bombas de gás lacrimogêneo. O
Batalhão de Choque e a Guarda Municipal também entraram em campo
avisando que, se a violência continuasse, não haveria a premiação do
título.
O
ocorrido foi lamentado pelo coronel Aginaldo de Oliveira, comandante do
Batalhão de Policiamento de Eventos (BPE), que afirmou que o estádio
não possui estrutura física para as torcidas brasileiras. “Facilita a
invasão de campo, principalmente em uma situação como essa aqui. Conter
uma multidão em rebelião é difícil”, disse o comandante.
Moradora
no entorno do Castelão, a aposentada Elisabet Rodrigues, relata que o
cenário de violência sempre se repete em dias de jogos dos times rivais
cearenses. Ela conta que as cenas são de terror e não costuma sair de
casa. Amedrontada, Elisabet diz ainda, que as ruas ficam perigosas e
intransitáveis por conta do perigo e da grande movimentação da Polícia. É
lamentável tanta cena de violência por causa de futebol, o homem
desconhece a paz. Hoje [ontem] foi uma verdadeira guerra no Castelão”,
lamenta.
Antes do jogo
Antes
do início do jogo, o Comando de Policiamento da Capital (CPC) registrou
confronto das duas torcidas no viaduto da Avenida Mister Hull, no
bairro Antônio Bezerra; na Avenida Aguanambi, em José Bonifácio; na Rua
Teodomiro de Castro, no Álvaro Weyne; e na Praça do Conjunto Palmeiras.
No
entorno da Arena, ainda antes da final do cearense, três pessoas foram
presas, e três adolescentes apreendidos na Avenida Dr. Silas Munguba, no
bairro Passaré. Os homens, identificados como Manuel Nogueira dos
Santos, 32 anos, e Carlos Barbosa Nunes, 26, e uma mulher, Terezinha
Silva de Sousa, 25, foram presos portando um revólver calibre 38,
segundo informou o comandante do Batalhão de Policiamento de Eventos
(BPE), coronel Aginaldo de Oliveira. Já os adolescentes portavam bombas
caseiras. Ambos foram conduzidos ao 160 Distrito Policial, no bairro
Dias Macedo.
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