Uma
operação da Polícia Federal (PF), com o apoio da Polícia Militar e
Ciopaer, apreendeu, no sábado (16), uma aeronave Cessna carregada de
droga numa zona rural do município de Pedra Branca, no Ceará. A aeronave
transportava 361,7kg de cocaína. Até o fechamento dessa edição, ninguém
foi preso, pois os traficantes fugiram com aproximação das equipes
policiais. Essa é a segunda aeronave apreendida com grande quantidade de
drogas no Estado em menos de 40 dias. Segundo o delegado da PF,
Janderlyer Gomes de Lima, o Ceará passou a receber a rota do tráfico,
que envolve carregamento de cocaína direto da Bolívia.
“Até
bem pouco tempo, o deslocamento de aeronaves até o Brasil chegava pelas
regiões Sul e Sudeste, e depois o carregamento seguia por rodovias.
Agora, o Ceará foi incluído na rota. As quadrilhas estão se estruturando
mais, por isso a gente passou a observar a chegada dessas aeronaves
aqui”, justificou o delegado.
Apreensões
Conforme
o superintendente Regional da PF, Renato Cezarini Muzy, as suspeitas
iniciais apontam que a aeronave era proveniente da Região Norte do País,
provavelmente, de estados que fazem fronteira com a Bolívia como
Rondônia e Mato Grosso, uma rota já conhecida pela Polícia Federal. O
total da droga apreendida foi de 361,7kg. “Trata-se de cloridrato de
cocaína, uma droga já refinada, com alto teor de pureza. Essa carga toda
está avaliada em torno de R$ 7,5 milhões. É a segunda aeronave que
apreendemos no Ceará, transportando grande carga de cocaína”, relatou
Muzy.
A
primeira aeronave foi apreendida no município de Canindé pela Polícia
Militar. A carga era de 375kg, porém, a droga apreendida em Pedra Branca
já estava pronta para o consumo europeu, o que a torna mais cara. “A
Europa costuma recebe esse tipo de droga (cloridrato de cocaína)”,
explicou Janderlyer Gomes. As diligências continuam com o intuito de
prender os traficantes que estavam na aeronave. De acordo com a Polícia
Federal, o proprietário e piloto já foram identificados. Contudo,
alegando preservar a investigação, a corporação preferiu não revelar a
identidade dos suspeitos. Janderlyer Gomes comentou que o Cessna está em
nome de uma empresa e que as pessoas identificadas não são cearenses.
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