Cai mais um pouco da história de Fortaleza


Dois prédios desabam na Av. Tristão Gonçalves
Dois prédios desabaram, na manhã de ontem, no Centro da cidade. Os estabelecimentos funcionavam no cruzamento da Avenida Tristão Gonçalves com a Rua Pedro I. De acordo com a Defesa Civil, as causas, provavelmente, foram relacionadas a infiltrações e falta de manutenção preventiva. Uma pessoa foi atingida e ficou ferida.  
 Segundo os moradores, o acidente ocorreu por volta de 7h30. O primeiro prédio a cair estava abandonado há quatro anos e atingiu a estrutura da loja de móveis ao lado. A vizinha Joana Dark relatou que o proprietário já havia sido avisado anteriormente dos riscos. “Na hora foi um susto. O dono da loja de móveis tinha avisado ao proprietário que as paredes estavam rachando, mas não fizeram nada”, contou Joana.
 A agente da Defesa Civil, Malu Costa, informou que o órgão nunca foi acionado sobre os riscos do prédio. “Se isso tivesse acontecido, o dono do imóvel teria sido notificado a fazer os reparos. A gente acredita que a causa tenha sido a falta de manutenção. Há muita infiltração, cupim e madeiras apodrecidas”, afirmou a agente. Ainda segundo ela, um rapaz aguardava a loja abrir quando foi atingido. Ele, não identificado, estava encostado à moto que acabou sendo soterrada pelos escombros, mas foi levado ao hospital com ferimentos na perna.  
O engenheiro Elias Estanislau, assessor técnico do Núcleo de Vistoria da Defesa Civil, também disse que não houve nenhuma notificação antes. Ele reiterou que a causa parece ter sido infiltrações. Uma avaliação será realizada nesta semana. “Como podemos observar, por fora, as paredes estão bem úmidas e esse é o grande risco da maioria dos desabamentos. Se tivesse havido uma manutenção preventiva e corretiva, teria sido evitado”, apontou o engenheiro.

Isolamento
A área vai permanecer isolada até que sejam realizadas as vistorias e os reparos. Foi aconselhado que moradores da residência vizinha, onde também funciona um escritório de advocacia, deixassem o local. Segundo a Defesa Civil, há riscos de que as colunas que sustentam a estrutura do prédio da loja de móveis caiam.

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