Acessibilidade cultural: Secult participou de reunião na Academia de Letras e Artes da Sociedade de Assistência aos Cegos
Em
sintonia com as diretrizes da política de cultura do Estado do Ceará,
de democratização e acessibilidade cultural, a Secretaria da Cultura do
Estado (Secult) participou nesta quinta-feira de reunião da Academia de
Letras e Artes das Sociedade de Assistência aos Cegos (ALASAC). O
encontro, realizado na sede da Sociedade, na Avenida Bezerra de Menezes,
se destinou ao debate de sugestões e de novas propostas de
implementação para práticas de acessibilidade cultural no Ceará.
O
Assessor de Ações Afirmativas, Diversidade e Cidadania Cultural da
Secult, Klistenes Braga, destacou a importância do diálogo permanente da
ALASAC com a Secretaria de Cultura. “Esperamos poder contribuir, nesta
assessoria, munindo de informações, possibilidades, vislumbrando
possíveis parcerias, para que se possa estender cada vez mais o conceito
da acessibilidade no contexto cultural para todas as pessoas”, relata
Klistenes, especialista e pesquisador sobre o tema.
A
coordenadora de Políticas de Livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas
da Secult, Mileide Flores, ressaltou a importância de pensar a
comunicação em todas as linguagens e fez alusão ao avô, que era
deficiente visual, fortalecendo a importância pessoal da temática. A
coordenadora destacou a possibilidade de realização de editais
específicos para livros em braille e para audiolivros e frisou que a
própria Biblioteca Pública do Estado do Ceará - Espaço Estação
(localizada na Rua 24 de maio, nº 60, Centro, Fortaleza) possui um setor
com 2.500 volumes em braile, com livre acesso ao público e com intensa
procura diária.
A
reunião desta quinta-feira na ALASAC foi coordenada pelo professor de
informática Paulo Roberto Cândido e começou com a leitura do poema "Mãe,
maio", da acadêmica Fátima Silva. O texto faz parte do projeto "Um dedo
de prosa, outro de poesia", levado ao 29° Salão Internacional do Livro e
da Imprensa de Genebra, realizado no último mês de abril, em que o
professor Paulo representou a Academia.
o
evento em Genebra, relatou o professor, contou com mais de 100 mil
visitantes e incluiu um espaço para obras brasileiras, com escritores se
apresentando de hora em hora. Dos cinco membros da academia que
inscreveram seus textos para o projeto, três foram escolhidos. Segundo o
professor, a ideia é que daqui a dois anos ele retorne ao Salão de
Genebra, desta vez com um livro contando a história da ALASAC.
A
reunião se encerrou com um convite para o lançamento do audiolivro “O
olhar cego”, no dia 21/5, às 15h30min, no auditório da instituição (Av.
Bezerra de Menezes, 892, São Gerardo), com a exposição de 13 textos de
acadêmicos da ALASAC, com a voz de alunos do Cuca da Barra, resultado de
uma parceira entre eles.
Acessibilidade cultural
O
secretário da Cultura do Estado do Ceará, Guilherme Sampaio, tem
destacado a acessibilidade cultural como uma prioridade para as ações da
pasta. Preocupação refletida na presença de um assessor específico para
ações afirmativas, diversidade e cidadania cultural. Todas as grandes
reuniões públicas realizadas pela Secult em 2015, como as do projeto
permanente "Diálogos Culturais", promovidas em Fortaleza e no Cariri,
contaram com intérpretes de Libras.
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