Zangas e Mea Culpa na cumbre das Américas

Os dez momentos mais comentados da "cúpula da reconciliação"

Julio César Rivas
  • Chefes de Estado acenam para foto oficial da Cúpula das Américas, no PanamáRamon Espinosa/AP Photo
    Chefes de Estado acenam para foto oficial da Cúpula das Américas, no Panamá
A sétima edição da Cúpula das Américas, que terminou neste sábado (11) na Cidade do Panamá, foi marcada pelo histórico reencontro entre Estados Unidos e Cuba, mas a chamada "cúpula da reconciliação" teve outros momentos muito comentados, e os mais destacados são listados a seguir:

1. O aperto de mãos entre os presidentes de Estados Unidos e Cuba

Mandel Ngan/AFP
Raúl Castro cumprimenta Obama durante encontro na Cúpula das Américas

Ocorrido "casualmente" na noite de sexta-feira durante a chegada dos líderes à cerimônia de abertura da cúpula, os dez segundos de "interação" entre Barack Obama e Raúl Castro entrarão para a história como a reconciliação mais esperada do continente. 2. O enfrentamento entre Estados Unidos e Venezuela

Xu Zijan/Xinhua
Maduro acena após o fim da fotografia oficial da Cúpula das Américas
Em uma cúpula marcada pelo "início do fim da Guerra Fria", como disse o chanceler chileno, Heraldo Muñoz, sobre o reatamento das relações entre Washington e Havana, a intensificação das tensões entre Estados Unidos e Venezuela se tornou a preocupação de muitos dirigentes no Panamá.

3. O passeio de Nicolás Maduro por El Chorrillo

Inti Ocon/AFP
Maduro segura bandeira panamenha enquanto discursa durante visita a El Chorrillo
Não bastou ao presidente da Venezuela fazer um passeio pelo popular bairro panamenho. Ele também apadrinhou a reivindicação de seus moradores para que Obama peça perdão pela invasão do Panamá de 1989 e indenize as vítimas da intervenção.

4. Os 'panelaços' contra Maduro
Marina Bazo/Reuters
Venezuelanos na Cidade do Panamá fazem panelaço e gritam "Fora Maduro"
 
Os moradores de pelo menos sete edifícios próximos do centro de convenções que recebe a Cúpula das Américas, muitos deles venezuelanos, protestaram duas vezes, durante a chegada de Nicolás Maduro à cerimônia de abertura do evento e durante seu discurso na sessão plenária, com sonoros 'panelaços' que foram ouvidos até dentro do centro de imprensa.

5. As brigas entre dissidentes e governistas cubanos

Ismael Francisco/AP Photo/Cubadebate
Homem discute com simpatizantes do governo cubano na Cidade do Panamá
Uma das atividades paralelas da cúpula, o Fórum da Sociedade Civil, foi marcada pelos confrontos físicos entre os delegados governistas cubanos e opositores, e a polícia panamenha teve que intervir em várias ocasiões para pôr fim às brigas.

6. A Cúpula dos Povos Indígenas Abya Yala

Mauricio Dueñas/EFE
Líder indígena participa da cerimônia de abertura da 5ª Cúpula dos Povos Indígenas
A realização da 5ª Cúpula dos Povos Indígenas Abya Yala, paralela à Cúpula das Américas, permitiu que as comunidades indígenas reivindicassem um maior protagonismo no mundo político e econômico do continente.

7. O jogo de futebol de Evo Morales

Noriel Gutierrez/Reuters
Morales joga futebol com membros de um sindicato na Cidade do Panamá
A paixão do presidente boliviano pelo futebol é bem conhecida, e Morales aproveitou sua presença na paralela Cúpula dos Povos para jogar uma partida com líderes indígenas da região. O líder da Bolívia mostrou seu talento e marcou quatro gols.

8. A ausência da presidente Bachelet

Presidência do Chile/Xinhua
Bachelet visitou cidade atingida por enchentes causadas por chuvas torrenciais
A presidente do Chile, Michelle Bachelet, foi a única líder da região que não compareceu à histórica "cúpula da reconciliação" devido às graves inundações que afetaram o norte de seu país.

9. A chegada de "The Beast"

Alex Wong/Getty Images/AFP
Limusine blindada do presidente norte-americano chamou a atenção dos panamenhos
Em uma cidade como a capital panamenha, que convive com grandes congestionamentos, a chegada de "The Beast", a limusine blindada e com avançadas tecnologias que é utilizada pelo presidente norte-americano em todos os seus deslocamentos terrestres, se transformou em tema de conversas de muitos motoristas panamenhos.
10. A ausência de escândalos por parte do Serviço Secreto de Obama

Jonathan Ernst/Reuters
Diretor do Serviço Secreto norte-americano verifica esquema de segurança no Panamá
Na última Cúpula das Américas, na cidade colombiana de Cartagena, em 2012, 12 agentes do Serviço Secreto americano, encarregados de proteger o presidente, foram acusados de levar prostitutas a seus hotéis. No Panamá, os agentes de Obama mantiveram as calças no lugar.

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