Cuba e EUA vão negociar extradição de fugitivos

Após anunciar sua decisão de retirar Cuba da lista de países financiadores do terrorismo, o presidente Barack Obama informou ao Congresso dos EUA que Havana aceitou negociar a extradição de fugitivos da Justiça americana refugiados na ilha.
Em carta enviada aos parlamentares na última quarta-feira (15), Obama reconhece que o regime foi longe demais ao dar asilo aos fugitivos nas últimas cinco décadas, mas diz que Cuba está cooperando mais em casos recentes, quando extraditou duas pessoas em 2011 e duas em 2013.
"Cuba concordou em iniciar um diálogo sobre a aplicação da lei com os EUA que incluirá discussões com o objetivo de resolver casos pendentes de fugitivos", diz.

Associated Press
Joanne Chesimard, a primeira mulher a integrar lista de terroristas mais procurados do FBI
Joanne Chesimard, a primeira mulher a integrar lista de terroristas mais procurados do FBI
Para recomendar a retirada de Cuba da lista, Obama deverá submeter ao Congresso relatório provando que o país não deu apoio ao terrorismo nos últimos seis meses e nem pretende fazê-lo no futuro.
O caso mais emblemático é o de Joanne Chesimard, que hoje responde pelo nome de Assata Shakur e foi a primeira mulher a entrar na lista dos 25 terroristas mais procurados pelo FBI (polícia federal).
Membro do movimento Panteras Negras –grupo radical de defesa dos negros americanos– e do Exército de Libertação Negra, ela foi condenada por assassinar um policial em 1973.
Ela foi presa e escapou da prisão, em Nova Jersey, em 1979. Em 1984, foi para Cuba, onde recebeu asilo político do então ditador Fidel Castro. Mais de uma década depois, o Congresso aprovou seu pedido de extradição.
Para o governador de Nova Jersey, o republicano Chris Christie, e o senador democrata Bob Menendez, os EUA deveriam manter Cuba na lista dos patrocinadores do terrorismo enquanto não extraditarem Chesimard.
Outro caso conhecido é do nacionalista portorriquenho William Morales, procurado por seu envolvimento com atentados a bomba em Nova York na década de 1970.

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