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Bloqueio de Internet: audiência pública confirma que operadoras de telefonia cometeram quebra unilateral de contrato
As operadoras de telefonia celular que passaram a bloquear o acesso à Internet em aparelhos de usuários após esgotamento de franquia mensal cometeram prática ilegal contra o consumidor e incorreram em quebra unilateral de contrato. É o que concluiu audiência pública realizada na tarde desta quarta-feira, 8/4, na Comissão de Defesa do Consumidor, da Câmara dos Deputados, reunindo representantes das operadoras Tim, Vivo e Claro, da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), dos ministérios da Justiça e das Comunicações, de órgãos de defesa do consumidor e o deputado federal Chico Lopes (PCdoB-CE), vice-presidente da Comissão e autor do requerimento de audiência pública para debater o tema, que pode levar as operadoras à Justiça.
“A audiência confirmou a denúncia que fizemos, apontando que as operadoras realmente praticaram quebra unilateral de contrato, o que fere o direito do consumidor e pode ser objeto de pedidos de reparação, tanto nos órgãos de defesa do consumidor quanto judicialmente”, destacou o deputado Chico Lopes. “Quem ficou sem Internet e se sentiu prejudicado pela medida, tomada pelas operadoras sem a devida comunicação aos clientes, deve entrar com reclamação para exigir seu direito”, acrescenta o parlamentar.
Na audiência, o deputado cobrou da Anatel maior atenção e uma fiscalização mais efetiva a esse caso e a outros problemas verificados nas relações entre os consumidores e as empresas de telefonia – recorrentemente “campeãs” de reclamação nos órgãos de defesa do consumidor em todo o Brasil.
“Se a Anatel fizesse o papel dela de uma forma mais atenta, em favor do consumidor, teríamos uma relação mais equilibrada, em que não restasse ao consumidor apenas o papel de pagar a conta e, mesmo assim, ainda sofrer com medidas indevidas, como esse corte do acesso à Internet”, enfatizou, destacando que, antes de as empresas passarem a promover o corte total do sinal, o consumidor tinha a opção de contratar um pacote maior de dados ou de continuar “navegando” com velocidade mais lenta.
Chico Lopes destaca que a coordenadora Institucional do Proteste, Maria Inês Dolci, também participante da reunião, confirmou se tratar de prática abusiva contra o direito do consumidor a interrupção do tráfico de dados de clientes que atingem o limite da franquia. “Ela reforçou nossos argumentos contra essa medida ao

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