River vira cabeça de prego


Leão martela, mas vence só nos acréscimos
O Fortaleza martelou, martelou, mas só venceu o River, ontem, com dois gols depois dos 45 minutos do segundo tempo, transformando desespero em euforia nas arquibancadas de um Castelão bem vazio. Com gols de Daniel Sobralense e Lúcio Maranhão, o Tricolor assume a liderança do Grupo D da Copa do Nordeste e acumula importantes três gols de saldo que podem fazer a diferença no final. E que diferença eles fizeram: espantaram a sombra de uma grande ameaça que se encaminhava para o Pici e deixaram o Fortaleza a um passo da classificação. Hoje, se o Ceará não vencer hoje, aí sim, a festa será completa. O Fortaleza volta a jogar pela Copa do Nordeste na próxima quarta-feira, contra o próprio Belo, em João Pessoa. Antes, faz o segundo Clássico-Rei do Cearense,neste sábado.
 90min de ataque
Foram 90 minutos de ataque contra defesa, com alguns intervalos para o descanso. O Fortaleza começou e terminou pressionando e poderia ter liquidado bem antes, não fosse a má pontaria de seus finalizadores. O River contribuía: passou o primeiro tempo inteiro dando espaços e, mesmo quando arrumou a casa, não era capaz de oferecer perigo à meta de Deola e chamava o Fortaleza. Zero a zero seria injusto, e o desespero tomou conta do Castelão após os 35 da etapa final. Foi naquele clima de final de campeonato, com todo mundo em pé, que o Castelão explodiu com os dois gols.
Senão, vejamos. No primeiro tempo, Daniel Sobralense testou do segundo pau, mas Naylson fez milagre. Ele tentou de novo, em um belo voleio, por cima. Lúcio Maranhão perdeu sua primeira chance, testando bonito, mas raspando a trave. E um chute de Everton desviado por Sobralense fez suspirar a torcida.
No segundo, o River equilibrou o jogo e quase fez 1 a 0. Tote chutou, Adalberto desviou e quase matou Deola, que tirou com a perna. Depois, o Leão voltou. Como um meia, Hess driblou e cruzou na cabeça, mas Lúcio, sozinho, testou pra fora. Correa também criou: cruzou para Everton, livre, cabecear em cima do goleiro. Deveria ter sido o gol. Virou desespero. Mas, aos 45, Corrêa bateu falta, a bola foi desviada e sobrou para Sobralense, perto da marca do pênalti, encher o pé: 1 a 0. Êxtase.
O Fortaleza faria três vezes em três minutos o que não fez em 90, ajudado pela loucura piauiense. Aos 47, Corrêa (ele de novo) partiu em velocidade com a defesa escancarada, mas, já dentro da área, tocou para Lúcio Maranhão, impedido, balançar as redes. Anulado. Um minuto depois, viria o segundo gol. Em novo contra-ataque praticamente sem marcação, Naylson saiu bastante da pequena área, mas não achou a bola, que sobrou para Lúcio Maranhão, quase sem ângulo, fazer 2 a 0

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