Pimentel defende reforma política com ampla participação social

O senador alerta que a sociedade quer o fim do  financiamento de campanha por empresas

O senador José Pimentel (PT/CE) defendeu que o Congresso Nacional inicie imediatamente o debate da reforma política e garanta a efetiva participação da sociedade na discussão. Ao participar do programa Argumento, da TV Senado, a ser exibido nesta terça-feira (3/3), às 13:30, o parlamentar afirmou que cerca de 15 itens da  reforma política tramitam no Congresso Nacional. “Esses temas também estão em debate na sociedade. Então, deveríamos escolher aqueles que são estruturais para analisarmos nesse momento e, os demais, continuaríamos debatendo até construir o consenso necessário”.
Pimentel ressaltou a importância da participação social no debate sobre as mudanças no sistema político brasileiro. Para o líder, “os grandes avanços que tivemos na reforma política sempre resultaram de projetos e iniciativas populares que pressionaram o Congresso nacional a promover as alterações necessárias”.
Na avaliação de Pimentel, o debate no Congresso deve priorizar três temas: a proibição do financiamento de campanha por empresas, o fim das coligações partidárias e o fim do voto proporcional para vereadores, deputados estaduais e federais.
E o senador alerta para a importância do debate sobre o financiamento das campanhas. “Enquanto houver financiamento empresarial de campanha, a sociedade brasileira estará exposta à corrupção. Isso porque a empresa tem interesse em negócio e não em cidadania.”, ponderou.
O líder relembrou que a sociedade já manifestou sua posição contrária ao financiamento de campanha por empresas, tanto nas mobilizações de junho de 2013 como em diversos debates ocorridos no país, assim como na análise de juristas, cientistas políticos e da imprensa. E alertou para a necessidade dos parlamentares reconhecerem esse posicionamento do povo brasileiro.
Na avaliação de Pimentel, a reforma política só poderá ter um resultado positivo com a participação do povo. “Nesta matéria, se não houver o envolvimento da sociedade civil organizada e de toda a sociedade brasileira não teremos uma mudança efetiva. Teremos, sim, uma contra-reforma, piorando o que já não está bom”, concluiu.

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