Deve estar sobrando emprego no Ceará ou querem acabar RC15


Terceirizados dos terminais estão em greve
Os empregados terceirizados da empresa Rent Serviços, que trabalham nos terminais de Fortaleza nas funções de portaria e serviços gerais, paralisaram suas atividades durante todo o dia de ontem em protesto pela falta de pagamento do mês de fevereiro.
O presidente do Sindicato dos Empregados em Empresas de Asseio e Conservação, Locação e Administração de Imóveis, Cond. e Limpeza Publica do Estado do Ceará (Seeaconce), Mauri Maia, afirmou que, em Fortaleza, 400 trabalhadores atuam nos terminais de ônibus. “Todos cruzaram os braços. A paralisação teve início, de fato, na segunda-feira, quando fizemos uma escala de revezamento, mas hoje (ontem), todos pararam de fato”.

Sem negociação
Em frente ao Paço Municipal, cerca de cem trabalhadores fecharam as ruas laterais e, com cartazes, apitos e megafone, pediam atenção do poder municipal. Por volta das 15h30, uma comissão formada por dois trabalhadores e dois representantes sindicais entrou no prédio para negociar com os gestores, dentre eles, o presidente da Etufor, Antônio Ferreira.
Após a reunião, Mauri Maia informou ao jornal O Estado que o acordo não foi feito, e a greve continua. “A Etufor disse que tem atrasos com a Rent, mas uma lei permite ao contratante essa margem de atraso com a cobertura do pagamento por parte do contratado. A folha de dezembro de R$700 mil, por exemplo, a prefeitura já pagou R$ 400 mil para a terceirizada. Sobre o mês de fevereiro, a Etufor afirmou que não reconhece como aberta, pois falta a Rent enviar o faturamento para a Etufor. Diante da indecisão, decidimos em assembleia com os trabalhadores que a greve vai continuar até o pagamento”, afirmou.
O jornal tentou entrar em contato com a empresa Rent Serviços, mas as ligações não foram atendidas. Já a Etufor informou, por meio de nota, que “a solução para cessar a paralisação dos funcionários dos terminais está sendo resolvida entre a empresa terceirizada e funcionários, por intermédio da Etufor”.

Categoria
A auxiliar de serviços gerais Geluana Oliveira Alves, 32 anos, trabalha há um ano e meio no Terminal de Messejana e revelou que não é a primeira vez que cruza os braços por falta de pagamento. “Em 2013, fizemos uma greve por falta de pagamento também. Somos mães de família e estamos sujeitos a morar debaixo da ponte, pois a luz e a água já foram cortadas porque não tenho como pagar. Também falta alimento para meus filhos e isso é um absurdo. A Rent fala que é a Etufor que está devendo e a Etufor fala que é a Rent que está devendo. Ficamos sem saber a quem cobrar”, reclamou.

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