Vereadores vão fazer hora extra. E de graça.


Salmito Filho convoca sessão extraordinária para votar reforma administrativa
O presidente recém-empossado da Câmara Municipal de Fortaleza, Salmito Filho (Pros), já inicia o ano convocando os vereadores para uma sessão extraordinária com o objetivo de votar uma reforma administrativa. Como O Estado já havia adiantado no final de dezembro, hoje, os parlamentares da Casa devem comparecer ao plenário para avaliar e votar as propostas elaboradas por Salmito. Segundo alguns vereadores ouvidos por O Estado, uma das prioridades do presidente da Casa é extinguir algumas comissões que são consideradas improdutivas.
“Pelo que o presidente nos passou, a sessão extraordinária é para fazer algumas mudanças administrativas, como extinguir algumas comissões, fazendo algumas adequações”, informou o vereador Adelmo Martins (Pros), que é o 3° vice-presidente da casa legislativa.
Salmito, que foi presidente da Câmara no biênio de 2009/2010, encontra, nesta nova gestão uma câmara debilitada, que, em 2014, teve, pela primeira vez em sua história, um parlamentar preso, que foi o caso do vereador Antônio Farias de Sousa (PTC) – conhecido como “A Onde É” -, e ainda tem vereadores da Casa sendo investigados pelo Ministério Público por desviarem a Verba de Desempenho Parlamentar.
O Estado apurou que, além das mudanças nas comissões, a Câmara deve votar ainda projetos que dão mais transparência e rigor ao uso da VDP e da verba para contratação de assessores. A ideia de Salmito é adequar a contratação de assessores, com limites mínimos e máximos de contratação.
Adelmo acredita que o projeto de Salmito seja aceito pela maioria dos parlamentares, podendo haver apenas algumas modificações. “O Salmito informou pra gente que, em uma sessão, tudo será resolvido, então acredito que não seja muita coisa. Devem ser feitas apenas algumas readequações e, pelo que vejo, não serão criados cargos”, disse.
Segundo Salmito, o seu projeto prevê que, das onze comissões existentes na Câmara, sete serão extintas. O presidente ainda informou que serão extintos 20 cargos e ainda será criada uma comissão de transparência, no entanto, sem criar nenhum cargo.

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