Cura d’Ars volta a atender pelo SUS
SERVIÇOS AFETADOS
Das 7h às 16h de ontem, ficaram paralisados os serviços de obstetrícia, neonatologia e oncologia. Muitas gestantes que chegaram ao hospital para terem seus filhos, por exemplo, foram encaminhadas para o Hospital César Cals. No entanto, os que já estavam em atendimento dentro da unidade de saúde não foram afetados com a suspensão. “Não foram paralisados os serviços para os pacientes que estavam internados. Estes continuaram sendo atendidos normalmente, assim como o hospital está sustentando há um ano, atendendo os pacientes do SUS com recursos próprios. No entanto, os gastos são muito altos”, disse, acrescentando que o departamento jurídico do hospital tentou, várias vezes, iniciar uma conversa com a secretaria para negociar a dívida e até parcelar, “mas nunca cumpriram o que era prometido”.
REUNIÃO
Após a divulgação da paralisação e o acionamento da Promotoria de Justiça, a secretária da SMS, Socorro Martins, convocou uma reunião com a equipe financeira da secretaria e a diretoria do hospital. “A dívida continua. Na reunião, ela prometeu que, pessoalmente, iria regularizar os débitos pendentes bem como colocar os débitos em dia, assim que recebesse os repasses. No entanto, não disse quando os pagamentos iriam ser feitos. Esperamos que pague como combinado, pois voltamos os atendimentos mediante este acordo”, explicou Juliana.
Em nota, a SMS informou que ficou definido na reunião que a instituição irá restabelecer, imediatamente, o atendimento de pacientes pelo Serviço Único de Saúde (SUS) e que, em contrapartida, a secretaria elaborou calendário que será observado para a realização dos pagamentos devidos, conforme cronograma acordado entre as partes.
SAIBA MAIS
O Hospital Cura d’Ars faz cerca de 60 a 80 atendimentos de emergência obstétrica por dia e cerca de 1.500 por mês. De acordo com Juliana, são realizados uma média de 500 partos e 800 atendimentos neonatais por mês e o hospital também conta com alojamento conjunto às UTI (adulto e infantil).
Para a integrante do Grupo Parto Normal em Fortaleza (PNF), Priscilla Rabelo, a paralisação gerou grande susto para as gestantes de Fortaleza. “Mulher grávida entra em trabalho de parto a qualquer hora e o Cura d’Ars é um hospital central de referência. Pela localização, é um hospital de fácil acesso em nível de emergência, tem boa estrutura e é amigo do parto humanizado. Ainda bem que tudo se normalizou”, afirmou.
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