Fóssil inédito de 120 milhões de anos encontrado na
Bacia do Araripe será anunciado nessa quarta-feira,
durante coletiva de
imprensa
Achado raro de fóssil
na Bacia do Araripe e com características de conservação surpreendentes é
encontrado e revela origem de planta na Chapada do Araripe
Um achado fóssil inédito de 120 milhões de anos será anunciado nesta
quarta-feira, às 9 horas, por pesquisadores da Universidade Regional do Cariri –
URCA, durante coletiva de imprensa, no auditório da sede do Geopark Araripe, em
Crato. Trata-se de uma planta do Cretáceo
inferior que ainda possui representantes atuais na encosta da Chapada do
Araripe, conhecida popularmente como Japecanga, da família da Smilacaceae.
Um artigo sobre a descrição do fóssil foi publicado recentemente
nos anais da Academia Brasileira de Ciências, para anunciar a descoberta do achado,
cujo nome dado é uma homenagem ao Professor Jackson Antero (in Memoriam) "Cratosmilax
Jacksoni". O docente foi um dos grandes nomes que se ergueu no
Cariri na luta incansável pela preservação da Chapara do Araripe, e chegou a
ser o chefe da Área de Proteção Ambiental da Chapada do Araripe (APA – Araripe).
A Smilacaceae
é uma família de plantas monocotiledôneas basais que ocorrem em basicamente
todos os continentes e está relacionada com a origem de plantas com flores. Fósseis dessa
família são conhecidos desde o Cretáceo Superior. No artigo é apresentado o novo
gênero e espécie (Cratosmilax jacksoni) da família do Cretáceo Inferior
(Aptiano-Albiano), encontrado em lâminas de calcário da Formação Crato, na Bacia
do Araripe.
Ainda conforme
os pesquisadores é o mais antigo registro de Smilacaceae. O fóssil descrito
é baseado em uma folha com características semelhantes às do gênero Smilax,
frequente nas Américas, Europa e sudeste asiático.
Segundo o orientador da
pesquisa, Professor Álamo Feitosa, o fóssil de uma folha em perfeito estado da
Japecanga, planta conhecida popularmente, foi resgatado nas minas de calcário
laminado, em Nova Olinda. O achado ocorreu em 2012. O trabalho de descrição foi
realizado por uma equipe de pesquisadores da URCA, e tem como autora a Professora
doutora, Flaviana Jorge de Lima. Ela destaca que essa é a primeira pesquisa a
ser descrita com localidade estratigráfica, possibilitando estudos detalhados das
camadas das rochas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário