Opinião


Trinta anos

Nos primeiros 15 dias de 2015, para bem informar a população, a mídia brasileira, de forma eficiente, mostrou, com destaque, a barbárie de Paris - ação cruel, agressora da democracia e da liberdade; a tragédia do avião da Air Asia; o vergonhoso esquema de corrupção envolvendo a Petrobras; bem como as expectativas, os conflitos e dificuldades do segundo governo da presidenta Dilma Rousseff. Tais fatos deram margem a reflexões e dúvidas quanto ao futuro. Todos ocuparam significativo espaço na imprensa falada, escrita e televisada. A cobertura evidenciou os elevados graus tecnológico, de independência, investigativo, informativo e analítico dos nossos meios de comunicação. A imprensa do Brasil merece o justo reconhecimento. Por outro lado, dentro de uma visão histórica, é importante também ressaltar o que aconteceu em 15/01/1985. Ontem ocorreu o 30º aniversário do início, de fato, do processo de redemocra-tização brasileira com a eleição de Tancredo Neves para presidente da República. Passaram-se 30 anos. Hoje, formam a maioria dos 205 milhões de conterrâneos, os não nascidos ou crianças na época. Dessa forma, deseja-se lembrar a ação pacífica (não passiva) e cívica de mulheres e homens em busca de um Estado Democrático de Direito. Como expoentes daquele movimento, destacaram-se, dentre outras, três figuras dominadas pelos sentimentos da honradez, da justiça e do espírito público: Tancredo Neves, Ulysses Guimarães e Aureliano Chaves. Eis uma modesta síntese de um momento histórico político que muitos brasileiros, principalmente os mais jovens, precisam conhecer.

Gonzaga Mota
Professor, escritor, ex-governador do Ceará e meu amigo.

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