Polícia caça cúmplices de atentados na França
O principal alvo é Hayat Boumeddiene, a parceira de Amedy Coulibaly. Ele foi morto quando a polícia invadiu um supermercado em Paris na sexta-feira.
A suspeita teria estado com Coulibaly quando uma policial foi morta na capital. Ela é descrita como "armada e perigosa".
No outro cerco ocorrido na sexta-feira, dois homens que participaram do ataque à revista "Charlie Hebdo" dois dias antes foram mortos pela polícia.
O presidente François Hollande elogiou as forças policiais, mas fez um alerta sobre a possibilidade de novos ataques.
Ele agradeceu as forças de segurança por sua "bravura e eficiência", afirmando que a violência desta semana foi "uma tragédia para a nação".
Hollande afirmou que a ameaça ainda não acabou. "Nós temos que ficar vigilantes. Também peço a vocês que fiquem unidos – essa é a nossa arma", afirmou ele em pronunciamento à nação.
Cúmplice
François Molins, o procurador chefe da França, disse que as autoridades estão focadas em achar Boumeddiene.Ela e Coulibaly desapareceram após o assassinato da policial. O suspeito reapareceu na sexta-feira quando invadiu o supermercado Hypercasher, no leste de Paris, mas ela permanece foragida.
O jornal francês "Le Monde" publicou uma série de fotografias que mostrariam Coulibaly com Boumeddiene em 2010. Em uma delas, a mulher de 26 anos aparece usando um véu que cobre todo o seu rosto – peça de vestuário de uso proibido na França - apontando uma besta para a câmera.
O procurador afirmou que a investigação deve se "focar em determinar quem eram os cúmplices, como essas atividades criminosas foram financiadas e nas instruções e ajuda que podem ter sido recebidas de [apoiadores] da França e de outros países".
Ele disse que 16 pessoas foram detidas para interrogatório até agora, incluindo a mulher de um dos irmãos suspeitos de atacar a "Charlie Hebdo" e outros membros da família deles.
Ato político
O presidente francês elogiou a atuação das forças de segurança nos cercos de sexta-feira.Ministros franceses se encontrariam na manhã deste sábado para planejar os próximos passos do governo. Eles também planejam realizar um grande comício no centro de Paris no domingo.
O premiê britânico David Cameron, a chanceler (premiê) alemã Angela Merkel e o primeiro-ministro espanhol Mariano Rajoy devem participar do ato.
O presidente americano Barack Obama disse que as agências de inteligência de seu país ajudarão a França a lidar com possíveis novas ameaças.
Enquanto isso, o governo dos Estados Unidos atualizou suas recomendações a viajantes, afirmando que americanos fora dos Estados Unidos devem se manter vigilantes.
Fim dramático
Os dois cercos da polícia a extremistas na França na sexta-feira terminaram de forma dramática.O primeiro deles – em Dammartin-en-Goele, a 35 quilômetros de Paris – evolveu os dois irmãos que atacaram a revista "Charlie Hebdo".
Cherif e Said Kouachi foram mortos quando saíram atirando do prédio onde estavam refugiados. O local estava cercado pela polícia.
Um funcionário feito refém havia sido solto mais cedo pelos suspeitos e um segundo empregado, que estava escondido na lanchonete do edifício, foi libertado pela polícia quando o tiroteio terminou.
Logo depois, as forças de segurança lançaram um ataque contra o supermercado invadido por Coulibaly em Paris. O suspeito foi morto e 15 reféns foram resgatados. Os corpos de quatro vítimas foram encontrados. Elas teriam sido mortas antes da invasão policial.
Nenhum comentário:
Postar um comentário