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Blog do Wanfil, por Wanderley Filho

A posse de Camilo: a distância entre discurso e prática


Camilo em discurso de posse: boas intenções esbarram em práticas antigas
Camilo em discurso de posse: boas intenções esbarram em práticas antigas
O discurso de posse do governador Camilo Santana (PT) seguiu o protocolo para ocasiões desse tipo: agradecimentos e palavras de otimismo e motivação.
Como foi candidato da situação, pregou a continuidade do “legado” que recebeu. No entanto, elegeu a redução dos índices de violência como uma de suas principais metas. Assunto complicado. Prudente, Camilo evitou críticas à gestão da Segurança Pública no governo Cid Gomes, que deixou o Ceará na condição de segundo estado mais violento do Brasil. Mas o reconhecimento de que a área exige mais atenção, dentro das circunstâncias, soa quase como uma autocrítica. O novo governador poderia ter falado sobre os investimentos recordes em segurança ou culpar supostas milícias pela situação, mas preferiu ser sucinto ao dizer que coordenará “diretamente as ações para combater a criminalidade”. Perfeito. Não deixa de ser uma confissão indireta de que as coisas realmente fugiram ao controle.
De resto, em linhas gerais, o discurso foi um apanhado de boas intenções: só gente de bem interessada em fazer tudo pelos mais necessitados, sem esquecer nunca de combater a corrupção. É de praxe. Aqui vale uma menção ao momento poético em que, após agradecer familiares, o governador afirmou que agora todos os cearenses são a sua família. Redação inspirada.
Até aí o discurso estava bacana, no campo das vontades e das linhas gerais que devem nortear a administração. Mas a conversa desandou quando Camilo mencionou os critérios para a formação de sua equipe: “todos foram escolhidos por sua competência e potencialidade”. Como? Não é bem assim… É possível reconhecer indicações predominantemente técnicas no novo secretariado, mas é inegável o peso de questões políticas como cotas partidárias (o velho e bom loteamento de cargos), projetos eleitorais para candidatos a deputado ou a prefeituras em 2016, nomeação de representantes da gestão Cid, acomodação de aliados não eleitos, entre outros, como critérios vigentes no processo de escolha.
Simplesmente não é possível explicar com argumentos de competência técnica a escolha de alguns indicados. Inácio Arruda (PCdoB) para a Secretaria da Ciência e Tecnologia, Osmar Baquit (PSD) para a Pesca e Aquicultura, David Duran (PRB) para o Esporte, Zé Linhares (PP) no Conselho de Educação, Míriam Sobreira (Pros) na Secretaria de Políticas sobre Drogas,  Dedé Teixeira (PT) na Secretaria de Desenvolvimento Agrário e Artur Bruno (PT) para o Meio Ambiente, são exemplos disso. Podem se sair bem, mas não foi na base do currículo profissional e do conhecimento profundo nas respectivas áreas para as quais foram nomeados, que foram nomeados. Melhor seria dizer que “alguns foram escolhidos por questões técnicas e outros pela capacidade política de articulação etc., etc.”. Ficaria menos distante da realidade. Por fim, querer disfarçar o óbvio faz parecer que certas indicações constrangem o novo chefe do Executivo estadual.
Fica a lição. Quando tratam de fatos objetivos, concretos, palavras precisam estar conectadas com ações se quiserem ser levadas a sério.

Penso eu - A gente tem por obrigação ler tudo, ouvir tudo, ver tudo ou, pelo menos, a maior quantidade de coisas possíveis. Aí cai nas mãos da gente, coisas do gênero aí acima. Com todo respeito à opinião de cada um, principalmente a desconhecidos como o que se auto intitula "Historiador e colunista de política da Tribuna Band News FM 101.7 e do Jornal Jangadeiro 2ª Edição - TV Jangadeiro/Bandeirantes", e assina a coisa acima, fico inclinado e não dar a mínima pra opinião do "historiador" que não faz a menor ideia de quem seja José Linhares Ponte, deputado federal, padre, educador, administrador que o senhor em questão não consegue encontrar competência técnica para ser indicado por Camilo Santana para o Conselho Estadual de Educação.O historiador acaba de gastar seus últimos segundos de ... esquece. Melhor assim. Ando perdendo tempo com cada coisa!

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