É dificil acreditar em propina de US$30 milhões de dólares


Delator diz que propina em Pasadena foi de até US$ 30 milhões
Ex-diretor diz à Justiça que Pasadena rendeu até propinas milionárias
Pergunta que responsabiliza Conselho de Administração da Petrobras, presidido por Dilma Rousseff, pela compra da refinaria de Pasadena causou confusão no plenário da CPMI.
A compra da refinaria americana “forrou o bolso” dos integrantes da quadrilha
O ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, delator da Lava Jato, afirmou à Polícia Federal que a compra da Refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, pode ter envolvido uma propina de US$ 20 milhões a US$ 30 milhões – valor supostamente pago pela Astra Oil, antiga dona, ao ex-diretor de Internacional da estatal Nestor Cerveró e ao lobista Fernando Antonio Falcão Soares, Fernando Baiano, braços do PMDB no esquema.
“Havia boatos na empresa de que o grupo de Nestor Cerveró, incluindo o PMDB e Fernando Baiano, teria dividido algo entre vinte e trinta milhões de dólares, recebidos provavelmente da Astra”
Costa afirma ainda que a compra foi um mal negócio e envolveria um investimento muito alto. Ele confessou ter recebido US$ 1,5 milhão do operador do PMDB, Fernando Baiano, para “não atrapalhar o negócio”.
Costa afirmou ainda que o então diretor de Serviço da Petrobras Renato Duque – indicado pelo PT – seria o responsável pelas obras de adequação da refinaria. O delator afirmou que esse contratos seriam entregues a duas das empreiteiras alvos da Lava Jato, Odebrecht e UTC Engenharia.
“Quanto à Refinaria de Pasadena, não foi um bom negócio, pois a mesma era feita para processar petróleo leve, enquanto a Petrobras exportava petróleo pesado; que para Pasadena poder processar o petróleo do tipo que a Petrobras exportava, precisaria de uma adequação que poderia custar de um a dois bilhões de dólares”, afirmou Costa em depoimento à PF no dia 7 de setembro.
“Fernando Baiano procurou o declarante para pedir que não criasse problemas na reunião de Diretoria para aprovar a compra da refinaria de Pasadena, o processo de compra já estava bastante adiantado no âmbito da Petrobras”, afirmou Costa.
“Fernando Baiano ofereceu ao declarante o valor de US$ 1,5 milhão para não causar problemas na reunião de aprovação da compra da refinaria de Pasadena”, revelou.
O ex-diretor “aceitou o valor e Fernando operacionalizou a disponibilização deste valor no exterior”. Ele disse acreditar que o “valor tenha sido bancado pela própria Astra Petróleo”, dona da refinaria que vendeu 50% à estatal brasileira em 2006. Segundo o Tribunal de Contas da União, o negócio gerou um prejuízo de US$ 792 milhões.
Ele cita o envolvimento do ex-diretor da área de Internacional, Nestor Cerveró preso desde o dia 14, e de outro funcionário
“Soube quem trouxe este assunto da refinaria de Pasadena para a Petrobras, isto é, a Nestor Cerveró, foi um ex-empregado da área comercial da Petrobras, acredita que chamado Alberto Feilhaber.”
Costa afirmou à PF que “por volta de 2007 ou 2008? esteve com Fernando Baiano em Liechteinstein, no Vilartes Bank, e acredita que tenha sido neste banco que tenham sido depositados os US$ 1,5 milhão. (Mateus Coutinho, Ricardo Brandt e Fausto Macedo/AE)

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