Conta de chegada entre Cuba e EUA

  • EUA, Cuba e a projeção geoestratégica
  • Barack Obama e Raúl Castro localizam interesses confluentes na reaproximação diplomática e distensão comercial; tal ação pode gerar ganhos econômicos binacionais e o consequente enfraquecimento de posições ideológicas acirradas, por direita e por esquerda.
    20 de dezembro de 2014, Bruno Lima Rocha
    A reaproximação progressiva entre Estados Unidos e Cuba foi anunciada na tarde de 4ª, 17 de dezembro, com a solenidade devida. Simultaneamente, o presidente dos EUA Barack Obama e o comandante em chefe (com status de general) Raúl Castro, informaram ao mundo e em especial para a América Latina que as relações entre os dois países passarão por uma distensão progressiva. Vários são os eixos de análise possíveis para discutir o caso. Neste breve texto damos ênfase para a dimensão geopolítica, dentro da projeção dos EUA e suas esferas de influência diretas e indiretas para a América Latina e no Caribe. Também observo, sob um ângulo geoestratégico, a preocupação dos EUA com o aumento da presença de capitais chineses em Cuba e a franca adesão do chefe de Estado cubano a uma linha chinesa p&o acute;s-Deng Xiao Ping. Reconheço que para a sociedade cubana e a percepção da ilha como espaço de resistência anti-imperialista em nosso continente, o ambiente doméstico dentro da terra de José Martí e a contraparte dos gusanos na interna da direita cubana-estadunidense é mais relevante. Deixo esta análise para outra ocasião, concentrando-me agora no aspecto estratégico para os Estados e não para as forças político-sociais correspondentes.

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