Coluna do blog



 Não tem trouxa no Planalto
Dilma aposta em Kassab e Cid Gomes para garantir apoio no Congresso- Ao analisar a projeção política do ministério de Dilma, no que diz respeito à parte novíssima, a coleguinha Simone Iglesias, d’O Globo vai fundo na ideia de que Cid Gomes tem papel que vai alem da educação, eis que deverá liderar o bloco capaz de dar a Dilma a segurança que o governo precisa no Congresso. “Ao formar o ministério de seu segundo mandato, a presidente Dilma Rousseff mirou no apoio que precisa ter na Câmara dos Deputados, tentando garantir a maioria numérica dos votos e uma relação menos turbulenta com os parlamentares. O Palácio do Planalto não quer ser refém dos peemedebistas. Principal partido aliado do PT, o PMDB foi a sigla da base que mais deu dor de cabeça à presidente nas votações e discussões feitas no Congresso durante o primeiro mandato. Para minimizar o peso e a pressão desse aliado, Dilma conta agora com o trabalho de Gilberto Kassab (PSD), no Ministério das Cidades, para agilizar a recriação do PL (Partido Liberal), e de Cid Gomes (PROS), na Educação, para liderar um bloco de partidos capaz de garantir a margem de segurança de que o governo precisa. Kassab e Cid foram colocados por Dilma em dois postos considerados chave da Esplanada dos Ministérios. Ao entregar pastas a oito partidos aliados - PSD, PP, PR, PTB, PRB, PDT, PROS e PCdoB -, Dilma buscou garantir o apoio dos 193 deputados dessas legendas. Com o PT, que elegeu 70 parlamentares, ela teria 263 votos, mais do que os 257 que formam a maioria absoluta dos 513 deputados eleitos e que são o número necessário para aprovar projetos de lei, medidas provisórias e barrar propostas da oposição. Apesar de o PMDB ser considerado pelo governo o mais infiel dos aliados, se somados seus deputados, o Planalto ainda conseguiria chegar a 329 votos, correspondendo à ampla maioria da composição da Casa - o que permitiria, inclusive, mudanças constitucionais. Para se dedicar ao Ministério das Cidades e à articulação do PL no Congresso, Kassab se licenciará na segunda-feira da presidência nacional do PSD. Pelos cálculos do governo, o novo partido nascerá como a terceira maior bancada do país, atrás apenas do PT e do PMDB, com 66 parlamentares. Hoje, já haveria 64 deputados interessados em migrar para a nova legenda, a maior parte deles do PP, PR e nanicos. O PSDB é atualmente a terceira maior bancada, com 54 parlamentares eleitos.
PASTAS NOBRES
Não foi à toa que Gilberto Kassab e Cid Gomes ganharam dois dos mais influentes ministérios, cobiçados pelos partidos. A Educação, entregue a Cid, tem um dos maiores orçamentos da Esplanada e grande capilaridade pelo país. Cid, duas vezes governador do Ceará, se desfiliou do PSB quando Eduardo Campos decidiu concorrer à presidência e foi para o PROS, numa combinação com o Planalto. As Cidades, sob o comando de Kassab, têm relação direta com governos estaduais e mais de cinco mil prefeituras. Entre outros, ele é responsável pelas negociações de programas como o Minha Casa, Minha Vida. Originário do DEM, Kassab criou o PSD em 2011. Com a nova sigla, virou governista e promoveu uma diáspora de oposicionistas rumo à gestão de Dilma. Entre os que migraram para o partido de Kassab está a senadora e agora ministra da Agricultura, Kátia Abreu — ela e Kassab se desentenderam posteriormente, e ela acabou no PMDB. Especialista na criação de partido, Kassab opera agora a favor da formação do PL, cujo processo já tramita em ao menos dez tribunais regionais eleitorais. Além de querer neutralizar a força do PMDB, o Planalto busca compensar a perda do PSB, que saiu da base aliada no ano passado e levou junto o apoio de 34 deputados. Para suprir a falta dos socialistas, a presidente Dilma espera contar com blocos liderados pelo PROS e pelo PRB, que ganhou o Ministério do Esporte com a promessa de arregimentar cerca de 40 deputados. A legenda tem 21 parlamentares e busca reunir PRTB, PTC, PMN, PTN, PHS, PTdoB, PRP, PSDC, PEN e PSL, que somam 24 deputados. Desses partidos menores, PMN, PEN, PTC e PTdoB apoiaram a candidatura do tucano Aécio Neves à presidência, mas tendem a migrar para a base aliada. As bancadas do PTB, cuja direção abandonou Dilma no começo da campanha eleitoral em favor de Aécio, devem seguir dando os votos a favor da presidente, especialmente depois de ela ter escolhido o senador Armando Monteiro, que é do partido, para o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio.A oposição, que reúne PSDB, DEM, PSB, SD, PSC e PPS, terá 147 deputados a partir de fevereiro. O primeiro teste da base de Dilma será a votação da medida provisória que restringe benefícios previdenciários, como obtenção do seguro-desemprego, auxílio-doença e abono salarial.”

A frase: “Tudo na vida tem limites. Até paciência e generosidade”. Um dia Cristo perdeu as duas e desceu o cacete no canelau.


Sem governar desde 2003, FHC é ‘homem do ano’ (Nota da foto)
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, hoje aos 83 anos de idade, vai receber o título de “homem do ano” mais de doze anos depois de entregar o poder ao sucessor Luiz Inácio Lula da Silva, em 1º de janeiro de 2003. O título é concedido em Nova York, todos os anos, pela Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos. A solenidade de entrega será realizada em maio. É, homem é mesmo matéria em falta neste mundão de meu Deus.

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