APEOC-Na falta do que fazer, aparecer


No CE, sindicato cobra compromisso de Cid
A expectativa do Sindicato dos Professores e Servidores da Educação e Cultura do Estado e dos Municípios do Ceará (Apeoc) é de que o novo ministro da Educação, Cid Gomes (Pros), ex-governador do Ceará, tenha “compromisso” com a valorização dos profissionais de educação.  Entre as primeiras ações como ministro, Cid assegurou, ontem, durante entrevista ao “Bom Dia Brasil”, da TV Globo, que nesta quarta-feira (7), será divulgado o valor do novo piso salarial dos professores, hoje em R$ 1.697.
“Que ele tenha coragem e responsabilidade”, disse o presidente Apeoc, Anízio Melo. “A nossa entidade não faz juízo de valor de nenhuma indicação para gestão tanto federal, estadual ou municipal. Nós teremos o mesmo tratamento de cobrança, independente do perfil, do partido de quem vai compor qualquer governo”, frisou.
Cid tomou posse da Pasta no dia 1º de janeiro e substituiu o ex-ministro José Henrique Paim no comando do Ministério da Educação. O ex-chefe do Executivo cearense  reverberou ainda quanto ao aumento do piso salarial dos professores, a necessidade de a sociedade e o Ministério Público de cobrarem “judicialmente”, para que todos os entes públicos cubram o valor que será determinado.

AVANÇOS
Para o presidente da Apeoc, há o entendimento de que algumas “lutas” avançaram com relação às possibilidades de financiamento, como o investimento de 10% do Produto Interno Bruto [PIB] em educação nos próximos 10 anos, bem como a garantia da Lei 12.858, em que 75% dos royalties serão destinados para área. “E esse volume de recursos conquistados serão cobrados do novo ministro, que ele possa vincular esses financiamentos para  a valorização de todos os profissionais na educação e depositados no Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação – Fundeb”, ressaltou o presidente do sindicato.
De acordo ainda com Anízio Melo, é importante o anúncio do novo valor do piso mínimo que, segundo os estudos, apontam que dever chegar entre 12% a 14%, porém, se entende a necessidade de garantir mais recursos para que tanto as prefeituras como os governos estaduais possam ter a possibilidade de aplicarem um financiamento maior na carreia de todos os profissionais da educação.
ORIENTAÇÃO DE DILMA
Apontando ainda ser orientação da presidente Dilma Rousseff (PT), o ministro citou compromissos assumidos pela pasta, entre os quais, ampliar a oferta de creches, ampliar a oferta de ensino em tempo integral, valorizar o professor, e fazer a revisão do currículo do ensino médio.
“O ensino médio é, sem dúvida, o setor da educação que tem os piores resultados e ainda tem um desafio de acesso. É fundamental que a gente coloque sempre que o papel do governo federal é um papel normativo, é um papel regulativo, é um papel de estímulo, é um papel de ajudar no financiamento, mas o ensino médio é feito pelos Estados e o ensino fundamental e infantil é prestado, na sua maioria, pelos municípios”, disse Gomes.
O ex-governador do Ceará também destacou que pretende avaliar os professores, mas que qualquer ação deverá ser feita por opção própria. “Qualquer ação que tenha por objetivo avaliar professores, ela deverá ser feita por opção do professor, e aí deve-se imaginar alternativas, estímulos que levem os professores a fazerem esse tipo de avaliação. Uma delas pode ser essa já colocada pelo ex-ministro Haddad. Você, tendo um professor passado por uma avaliação nacional, ele já fica com, vamos dizer assim, um Enem, um passaporte para o ingresso no magistério de um município ou de um Estado”, afirmou Gomes durante entrevista ao “Bom Dia Brasil”, da TV Globo.
Durante a entrevista, o ministro também ressaltou que o governo vai continuar a investir no Pronatec (Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego) e que a meta é capacitar 12 milhões de brasileiros até o término do segundo mandato da petista. (com informações das Agências)

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