Deu no miseria.com


Infraestrutura precária prejudica bairros de Juazeiro do Norte
O município que mais se desenvolve economicamente na região do Cariri continua apresentando deficiências de infraestrutura que ocasionam transtornos e aborrecimentos à sua população. Na maioria dos bairros de maior concentração habitacional, ocorrem problemas causados por esgotos a céu aberto, buracos, rampas de lixo em esquinas e em terrenos baldios, lama e falta de sistemas de drenagem são frequentes. Em dias de chuva, residências são invadidas pelas águas que se acumulam por conta da incapacidade de serem dissipadas pelas “bocas de lobo”.
Dentre as áreas que necessitam de ações de recuperação no setor de infraestrutura do município, destacam-se os bairros São José, João Cabral, Tiradentes, Novo Juazeiro, Betolândia, Brejo Seco e Lagoa Seca, que apresentam maior número de demandas. Em grande parte das ruas do bairro São José, por exemplo, a quantidade de lixo, lama e esgoto escorrendo a céu aberto chama a atenção de moradores e demais transeuntes.
 “O bairro é abandonado. Tem quase duas semanas que a gente avisa à Prefeitura sobre o esgoto aberto ao lado da fábrica Singer e ninguém toma uma providência”, desabafa a vendedora Maria Lúcia de Oliveira, que reside no local há cinco anos.
Conforme afirma, a maioria das ruas da área não possui calçamento e, em épocas de chuva, a trafegabilidade pelo local fica comprometida pelo excesso de lama. “Não tem quem ande a pé no São José quando chove no Juazeiro. Vira um lamaçal só. Ainda tem a sujeira pelo meio da rua. A prefeitura deveria resolver isso aqui, tomar uma providência”, queixa-se.
Na Avenida Castelo Branco, à altura da Praça Menino Jesus de Praga, no bairro Novo Juazeiro, a falta de saneamento básico ou, ainda, de um sistema de drenagem tem ocasionado, há meses, transtorno aos moradores da área. Frequentemente o vazamento de um esgoto acaba criando uma lagoa de água fétida no logradouro, prejudicando a população. “Já houve casos de essa água suja chegar à altura da Praça”, relata o morador Amauri Barros.
No bairro Tiradentes, lixo, esgoto, lama e buracos fazem parte do cotidiano da população que reside naquela área. Segundo Maria Aparecida Lemes de Castro, técnicos da prefeitura visitam o bairro com frequência e alguns trabalhos de recuperação, inclusive, já foram ali realizados. No entanto, a deficiência de infraestrutura continua atingindo os moradores.

Insetos
No bairro Betolândia, nas proximidades do Brejo Seco, a situação também é parecida. “Moradores reclamam do mato em excesso e do surgimento de animais e insetos, como ratos, baratas e muriçocas, sem falar na buraqueira que também é muita”, diz o aposentado João Cipriano.
O secretário de Infraestrutura do município, Akiro Menezes, reconhece que há deficiências a serem sanadas pelo governo do município nos bairros de maior densidade habitacional. No entanto, informou que a Prefeitura está atuando na identificação dos problemas, em cada um dos bairros, para que ações individuais sejam efetivadas.
“Nós temos equipes realizando estes levantamentos em vários bairros. No São José, Antônio Vieira e Novo Juazeiro, por exemplo, esse trabalho já foi iniciado. Nas próximas semanas, serão realizados levantamentos nos bairros Betolândia, Lagoa Seca e Triângulo”, informou o titular da pasta.
Segundo ele, a prefeitura deverá investir cerca de R$ 3 milhões na recuperação de cada bairro onde demandas forem identificadas. “O trabalho de recuperação consistirá de construção de sistemas de drenagem, recuperação de calçamentos e pavimentação, limpeza e outras ações. “Inicialmente serão utilizados recursos do próprio município. No entanto, como se trata de um número considerável de bairros, o prefeito Raimundo Macedo tem buscado parcerias com o governo federal, no sentido da liberação de verbas”. Ele ressaltou que a responsabilidade de recuperação dos esgotos a céu aberto pertence à Cagece.
Procurada pela reportagem, a Cagece informou que, em relação aos problemas evidenciados, os locais ainda não são atendidos pela rede coletora de nenhuma estrutura da companhia, esclarecendo que, nestes casos, é de responsabilidade dos moradores das áreas atingidas darem um destino adequado aos dejetos, como por exemplo, através de fossas sépticas. (Miséria.com)

Nenhum comentário:

Postar um comentário