O
ministro da Pesca e Aquicultura, Eduardo Lopes, falou ontem de manhã,
na Fenacam-2014, sobre os avanços da criação de camarão (espécie
Litopenaeus vannamei) no Brasil e suas perspectivas. Lembrou que,
através de convênios e projetos em parceria, vem buscando o
desenvolvimento sustentável da carcinicultura em diferentes meios e com
biossegurança. “Buscamos levantar as fontes hídricas, legislações
pertinentes, modelos de produção e possibilidades de interiorização das
criações de camarão, aliando produtividade, sustentabilidade, qualidade
de vida e tecnologia. Em especial, nos nove estados da região Nordeste”,
disse Eduardo Lopes.
Ele
afirmou, ainda, que está sendo realizado um um estudo de viabilidade de
projetos de produção com a utilização de água salobra de poços que
estão bombeando acima de 10m³/h, em todos os estados nordestinos. “Além
disso, estamos promovendo diversos cursos de manejo e biossegurança, e o
fortalecimento da assistência técnica e extensão rural para
aquicultores de todo o País. E o melhoramento genético do camarão
Litopenaeus vannamei para ganho de peso, auxiliando no desenvolvimento
da atividade, tanto em áreas costeiras como interioranas”, asseverou
Lopes.
CEARENSE
Para
o presidente da Associação Cearense de Criadores de Camarão (ACCC),
Cristiano Maia, a Fenacam-2014 é muito importante, por trazer aos
produtores brasileiros o que está acontecendo no mundo em termos de
sanidade, produção e comércio. “A doença EMS (Síndrome da Mortalidade
Precoce), é a maior preocupação, apesar de estarem surgindo outras
enfermidades em viveiros na Tailândia e na China. Então, é uma
preocupação constante, a gente tem de ter mais biossegurança, evitar
trazer para cá estas doenças que estão ocorrendo na Ásia e no México.
Ter um bloqueio de entrada de crustáceos doentes”, explicou.
Ele
ressaltou que já estão sendo realizadas operações consorciadas de
criação de camarão e tilápia, que precisa ser melhor estudado,
especialmente devido à diferença de tempo do período de despesca dos
viveiros. “Tem de haver uma adaptação, porque o camarão você despesca
com 100 dias, e a tilápia com 180, no mínimo. Um seminário como esse é
importante para trazer as informações de como é feito, como está o
comércio internacional, pois os preços subiram e está faltando camarão
no mundo. E, para aqueles que vivem o setor, traz inovação, informação e
tecnologias. Nossos produtores, que precisam ter responsabilidade nos
cultivos e estar sempre bem orientados”, destacou Cristiano Maia.
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