Já tivemos Paes de Andrade, agora poderemos ter André ou Guimarães na Presidencia da Câmara

Cearenses cotados para Presidência da Câmara
Dois cearenses podem entrar na disputa pela Presidência da Câmara dos Deputados. André Figueiredo (PDT) e José Guimarães (PT) estão entre os cotados para disputar o comando da Casa. Figueiredo apesar de negar qualquer interesse próprio ao cargo, afirma estar à disposição do seu partido para, se for o caso, postular o cargo. “Tenho sempre disposição de enfrentar qualquer tipo de desafio, inclusive este. Eu nunca fui de fugir da luta quando ela tem sentido e, caso o nome que venha a ser escolhido seja o meu, claro que vou enfrentar o desafio”, declarou.
Guimarães também se coloca à disposição do seu partido, afirmando que, devido ao resultado das últimas eleições, onde o Nordeste deu o maior número de votos para a reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT), é o momento onde a região deve se colocar, cobrando um maior espaço no Congresso Nacional. “É importante o Nordeste se colocar, porque tivemos o maior resultado do País, além de eleger governadores na Bahia, Ceará e Piauí, demos o maior percentual de votos da Dilma. Então, o Nordeste, nessa nova formação do novo governo, tem que ter um peso político muito grande”.
O petista cearense é vice-presidente nacional da PT e ex-líder da sigla na Câmara. Guimarães é tido como o deputado com melhor trânsito no Planalto, sendo conhecido por sua boa articulação e notável habilidade de intermediação de conflitos. Tais predicados contam pontos para o cearense, uma vez que, na ausência do presidente da República e de seu vice, é o chefe da Câmara que assume o Executivo federal.
Na última sexta-feira (14) o deputado Marco Maia (PT-RS) retirou seu nome da disputa pela Presidência da Câmara, aumentando as chances de Guimarães ser o escolhido. O PT havia prometido o anuncio do nome do candidato para a última quinta-feira (13), no entanto, adiou, afirmando que não houve um consenso em torno de um nome; antes de definir, o partido deverá procurar outras legendas para tentar solidificar a candidatura.
Normalmente, a maior bancada indica o presidente. Entretanto, o racha entre PT, detentor da maior bancada da Casa com 70 deputados, e o PMDB, a segunda maior, inviabilizou este tipo de acordo, já que o peemedebista Eduardo Cunha (PMDB-RJ), já se colocou como candidato na disputa. Por isso, para o PT, é interessante ter mais nomes na corrida para reduzir os votos em potencial para Cunha, o que já viabilizaria a candidatura de André Figueiredo.
Figueiredo afirma que o PDT já decidiu que não irá votar no candidato do PMDB. Por enquanto, Cunha é o único nome que está abertamente na disputa. O pedetista analisa que a candidatura do PT corre um sério risco se, num eventual segundo turno, for disputar com o candidato do PMDB.
Segundo o André, existem algumas articulações em torno do seu nome, no entanto não há nada decidido. “O  lançamento do meu nome foi apenas a bondade de alguns colegas  que acham que eu tenho condição de satisfazer o que de sério e acertado o novo presidente da Casa tem que fazer”, pontua.
Figueiredo espera que o próximo presidente da Casa seja um nome com identidade própria e que aja com transparência. O pedetista acrescenta que o próximo presidente não vai ter o direito de tornar o Poder Legislativo subserviente ao Poder Executivo.“Independente de nomes, o que queremos é que a Câmara Federal possa vir a ser dirigida por alguém que não tenha uma identidade com o parlamento e que não se utilize do cargo para eventuais relações não muito adequadas com o Executivo”, alerta, afirmando que ainda há muito tempo até o dia da eleição, que deve ocorrer em 2 de fevereiro de 2015.

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