Hoje, 200 anos depois

 Chegamos aos 200 anos da morte de Antonio Francisco Lisboa. Vem a ser um caboclo, filho de um portugues com uma escrava, nascido em Ouro Preto, Minas Gerais e que entrou para a história do Brasil por sr talento de escultor.
Hoje faz 200 anos que morreu Aleijadinho.
No que pese ser reverenciado por seu trabalho no conjunto arquitetonico de Ouro Preto, sua terra natal, creio eu foi em Congonhas onde o gênio do barroco brasileiro deixou o que há de mais significativo na arte da escultura do País, os 12 Profetas em pedra sabão que estão no adro da igreja matriz do Senhor de Matosinhos e que encantam o mundo.

Um pouco abaixo,  no sentido inverso a caminho do outeiro, estão as seis capelas que guardam a relíquia das 66 figuras em cedro rosa, esculpidas em homenagem à parte mais dolorosa da vida de Cristo.
Não porque Congonhas tenha feito de mim um de seus filhos pela cidadania honorária que me foi dada pela unanimidade de sua Câmara Municipal e pela generosa indicação do querido e saudoso amigo Dê Miranda, um rádio-jornalista que por anos defendeu a cultura do município, mas por tudo o que representa para o mundo, este matrimônio cultural da Humanidade, título dado pela Unesco, julgo a meu alvitre, ser Congonhas o repositório do maior e mais importante conjunto de arte barroca das Américas, segundo mestre Germain de Bazan.

Os 200 anos da morte de Aleijadinho me remetem à saudade da juventude vivida lá, a trabalho, em pesquisa ou nos anos dourados à cata de um significado maior para a vida e o exercício da saudável alegria de saudar as Gerais, onde o horizonte, pra ser visto, tem que se encontrado com o olhar para cima ou para baixo. Em Minas não há mar, para um horizonte ao longe,onde as paredes do céu mergulham no oceano, por isso sua arte vida ferro e o ferro vira sinal que choraminga no topo de suas igrejas seculares, vai ver com vontade de ver o mar, vai ver com o coração pra partilhar com a gente, uma saudade doíííííída!!!
As gêmeas, centenárias palmeiras imperiais, as pedras desiguais, o céu, sejam testemunhas do amor que deixei ali, da juventude que deixei alí, dos ensinamentos que trago comigo para a vida e a eternidade.

Nenhum comentário:

Postar um comentário