Grana nova, boi gordo


Acordo destina R$ 4,5 bi para agropecuária
Foram assinados, ontem, três acordos de cooperação técnica entre o Banco do Nordeste (BNB) com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), para fomentar o desenvolvimento do agronegócio na Região. O presidente do BNB; Nelson Antônio de Sousa, recebeu em seu gabinete o ministro Neri Geller; o diretor da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), Sérgio Alencar; o diretor da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), José Torres de Melo, e o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Ceará (Faec), Flávio Viriato de Saboya Neto, entre outras autoridades do setor.
Os acordos envolvem R$ 4,5 bi e vão viabilizar os financiamentos para 2015 para os segmentos da agricultura e pecuária , desse total R$ 800 milhões serão aplicados no Ceará, informou o presidente do Banco do Nordeste, Nelson Antônio de Sousa. Os termos assinados com o Mapa abrangem a área de atuação da Sudene e, segundo o BNB, tem como objetivo, a realização de ações conjuntas destinadas a promoção e desenvolvimento da agropecuária, capacitação dos produtores rurais em gestão e tecnologias modernas de produção, fortalecimento das cadeias produtivas da pecuária, ampliação da capacidade estática e dinâmica de armazenagem , e na maximização da eficiência de utilização dos sistemas de armazenagem, e o fortalecimento das cadeias produtivas da fruticultura. O destaque dos documentos é o incentivo à inovação tecnológica para pequenos e médios produtores e o apoio à agricultura familiar.
IMPORTÂNCIA
“Para o Banco do Nordeste, os acordos são o resultado do cumprimento da missão de desenvolver a região Nordestina de modo sustentável. A palavra que pode definir os quatro acordos firmados para o desenvolvimento do agronegócio é competitividade. Estamos buscando afirmar a competitividade do Banco em todos os setores de atuação”, declarou o presidente Nelson.
O ministro Neri Geller pontuou ações específicas para a Região. “O desafio do governo federal é descentralizar os recursos federais e estender a mão ao Nordeste. Pode-se verificar isso nos investimentos em manutenção do rebanho bovino, nos subsídios fornecidos, nas renegociações de endividamento dos produtores e nas taxas diferenciadas e reduzidas para a agropecuária. Convênios como os que assinamos fortalecem o desenvolvimento do setor”.
Para o presidente da Faec, o ato realizado entre BNB, Mapa e CNA - com a interveniência do Instituto CNA e Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) - é resultado de um trabalho de aproximação entre estes órgãos, que vem sendo feito pela senadora Katia Abreu, a pedido dos presidentes de federações de agricultura do Nordeste, que estão elaborando um modelo diferenciado de projeto para o agronegócio no Nordeste.
Como resultado dessa abertura entre CNA, Faec e BNB, já começou a surgir os primeiros resultados que foi a realização de mutirões para renegociação de dívidas - com a presença de técnicos do Banco -, em diversas regiões do Estado, com a participação dos sindicatos rurais filiados à Faec, onde já foram feitos quatro mutirões nas cidades de Quixadá, Itapipoca, Itapajé, Marco e Morrinhos, abrangendo vários municípios circunvizinhos, com resultados considerados satisfatórios pelo próprio BNB. Conforme a instituição, R$ 20 bilhões foram aplicados no setor rural nordestino, dos quais R$ 1,723 bilhões foram renegociados somente este ano.
CAPACITAÇÃO
No acordo assinado com a CNA, caberá ao Senar dos estados do Nordeste, realizar a qualificação dos produtores rurais, nas áreas de gestão, de manejo e irrigação. Para o Superintendente do Senar -CE, Paulo Hélder Braga, esses recursos chegam no momento em que a capacitação é a melhor ferramenta para enfrentar as adversidades climáticas do semiárido, informando que, no Ceará, o ano de 2014 encerra-se com a capacitação de 186 mil produtores, e que o Pronatec -Senar está com 96 turmas no Estado, beneficiando mais 1.920 produtores.
O representante da CNA, José Ramos Torres de Melo disse que este acordo celebrado entre a CNA, o Banco do Nordeste e o Ministério da Agricultura mostra que os organismos e seus dirigentes estão mudando de comportamento, estão tendo uma nova visão de futuro do agronegócio, levando mais investimentos e tecnologia para o campo. Ele informou que a CNA já tem um escritório de representação na China, trabalhando diretamente com os mercados emergentes.

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