Bilhete do Fabrício

Bom dia estimado Macário Batista,

Por costume rotineiro de nossos sertões, hoje novamente acordei por volta das 4 horas da matina e, de logo, fui lê seu conceituado blog, suas recomendações, histórias, experiências vivenciadas pelos cabelos brancos, inteligência qualificada e ensinamentos adquiridos em suas viagens pelo mundo afora, quiçá do contato direto com pessoas simples do povo, que lhe regozija a alma, o espírito e o seu coração valente.

O festejado amigo, após uma análise profunda e sensível, nos recomenda a leitura dum artigo de Leonardo Boff, teólogo brasileiro, onde no mais afeto amor a pátria, transmite uma lição aos ricos e famosos – mulheres e homens - separatistas da nação-Brasil que apregoam, ainda, a partida a outras terras distantes, apenas por observar o seu desejo ideológico, exercido democraticamente nas urnas, próximo passado, de certa forma frustrado.

Fico imaginando, apenas por analogia tupiniquim, que após o ano de 2004, quando do encerrar das eleições municipais na Ribeira do Salgado dos Icós, quando emprestei meu nome ao pleito, e, vencido, fosse direto ao sítio Nova Itabira, nosso tugúrio campal, arrumasse as malas, como sugeriram, à época, nossos litigantes eleitorais, deixando pra trás a vista do Largo do Théberge – suas Igrejas, Sobradões e Casarões, todos tricentenários; a PASSAGEM do corajoso Rio Salgado que conseguiu encher a barragem do Castanhão no mesmo ano de construída; a beleza natural do Açude Lima-Campos; suas ruas largas onde sopram os ventos do Aracati e do Mossoró; nosso Teatro da Ribeira, de 1860, onde Angelim do Icó e Acácio de Montes, move a arte e cultura contagiante, e, até mesmo, o pau de Jacu, fincado no centro comercial da urbe, onde se constrói os melhores causos.

Pois bem Macário, querido amigo, prefiro ficar por aqui, sertão ressequido e cheio de esperança do meu Ceará, chamada simplesmente de Icó, na federação chamada Brasil, abençoada por Deus e bonita por natureza.

Nada contra as outras nações do mundo, que Lobão artista porralouca e alguns filhos abastados, insistem deixar o Brasil e lá se instalarem.

Daqui do Icó e do Brasil, continuo contando meus causos e histórias; do mundo longínquo, Macário Batista conta-nos com sua genialidade e perspicácia, com amor sempre renovado quando de sua chegada das viagens internacionais, à Terra da Luz.

Finalmente, para quem desejar partir, só nos resta, o ADEUS BOLÍVIA, jargão que ganhei do conterrâneo Cizota, de saudosa memória e inteligência pura, em momentos tão parecidos, equivocados e ridículos quanto estes dos separatistas, quem nem sabe o que dizem e nem o que defendem verdadeiramente.

Icó, Ceará, Brasil, em novembro de 2014.

Fabrício Moreira da Costa,
Um icoense, brasileiro e contista.

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