Quem pode, pode. Quem não pode se sacode.


Fortalezenses estão dispostos às compras
A pesquisa que aponta o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) de Fortaleza, divulgada ontem, pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Ceará (Fecomércio-CE), mostra a continuidade de uma reação contra a tendência de baixas vendas verificada em julho. O índice registrou alta de 3,2% neste mês  – passando de 127,1 pontos, em setembro, para os atuais 131,3  –, mediante o crescimento da taxa de intenção de compra, que chegou ao melhor nível do ano. Neste mês, o Índice de Situação Presente também subiu 1,17%, ficando em 129,9 pontos
O levantamento do Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento do Comércio (IPDC), ligado à Fecomércio-CE, mostra que, com a melhoria das expectativas dos consumidores para o curto prazo, a pretensão de compra teve um forte aumento, com relação ao último mês – quando registrou 46,1% –, ao registrar expressivos 52,1%. “O resultado é o melhor do ano e está acima do índice verificado no mesmo mês do ano passado (51%), sugerindo um movimento de retomada do consumo”, aponta o levantamento.
O valor médio das compras foi estimado em R$ 315,70, e a intenção de compra mostra-se levemente estável entre os consumidores do sexo feminino (52,1%) e masculino (52%), sendo mais vigorosa no grupo etário de 25 a 34 anos (55,7%) e com renda familiar superior a dez salários mínimos (61%). Os produtos mais procurados são: artigos de vestuário citados por 23% dos entrevistados; televisores (18,2%); calçados (16,6%); telefones celulares (14,2%); móveis e artigos de decoração (13,6); geladeiras e refrigeradores (12,4%); e maquina de lavar roupas (11,3%).
EXPECTATIVAS
A maioria dos consumidores entrevistados pelo IPDC, em outubro de 2014 (67,9%), considera o momento atual ótimo ou bom para a compra de bens duráveis, também indicando uma leve melhora de expectativas, já que, em setembro, o percentual foi de 67,7%. Dentre os que demonstraram maior disposição para consumo, destacam-se os consumidores do sexo masculino (68%), do grupo com idade entre 18 e 24 anos (73%) e com renda familiar entre cinco e dez salários mínimos (78,4%).
A pesquisa revela, ainda, que 89,7% dos consumidores de Fortaleza consideram que sua situação financeira atual está melhor ou muito melhor do que há um ano. Já as expectativas com o futuro mostram-se mais otimistas, com 93,2% dos entrevistados acreditando que sua situação financeira futura será melhor ou muito melhor do que a atual.
Conforme o IPDC, apesar do maior otimismo, o consumidor de Fortaleza tem mostrado preocupação com a situação econômica nacional, com 34,5% dos entrevistados descrevendo-a como ruim ou péssima. “Esse sentimento recebe influências da aceleração da inflação e da percepção de relativa piora no mercado de trabalho trazendo expectativas negativas para o ambiente econômico dos próximos meses”, destacou o instituto, em nota.
CONFIANÇA
O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) é uma medida sintética de indicadores da percepção das pessoas quanto à sua situação econômica, composto do Índice da Situação Presente (ISP) e Índice das Expectativas Futuras (IEF). O ICC funciona como um indicador do potencial de consumo, baseado na opinião dos próprios consumidores. Ele varia no intervalo de 0 a 200, sendo o índice 100 a fronteira entre a situação de pessimismo (abaixo desse valor) e otimismo (acima desse valor). O índice zero denotaria a situação de total pessimismo, enquanto 200 pontos indicariam a situação de total otimismo.
A pesquisa de Confiança e Intenção de Compra tem como principal objetivo verificar a expectativa real dos consumidores, em relação à situação econômica e às futuras intenções de compras. A pesquisa avalia, também, o potencial de consumo a cada mês, a confiança do consumidor em relação à capacidade de compra e a situação do País. O levantamento foi realizado com base nas informações de 900 consumidores consultados na Capital, que foram ouvidos na última semana de julho e na primeira semana de agosto.

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