Não às drogas
A produção e a venda de drogas, bem como a lavagem
do dinheiro do tráfico, constituem um dos principais elementos de
complicação dos entendimentos políticos, econômicos e sociais do século
XXI. Vale ressaltar que a atividade criminosa vem sendo estimulada pelo
processo de globalização, baseado num relacionamento perverso do tipo centro-periferia, pelos problemas éticos e morais de determinadas
autoridades, bem como pela certeza de impunidade, principalmente no que
diz respeito aos crimes do "colarinho branco". Sem dúvida, é lamentável,
o narcotráfico tornou-se em importante atividade econômica para alguns
países. Passando dos aspectos macros, para aqueles relacionados
intrinsecamente com as famílias e as pessoas, percebemos com mais
nitidez o mal causado pelas drogas. A desarticulação familiar, filhos
matando pais e vice-versa e irmãos destruindo literalmente a vida de
irmãos, leva-nos a prever dias de angústia, de desesperança e de mais
violência. Estamos perplexos e com medo. Sem deixar de reconhecermos a
importância da repressão, acreditamos na eficácia da prevenção, mediante
investimentos na área social, criação de empregos, melhoria na
distribuição de renda, redução da pobreza, enfim, no desenvolvimento
integrado e sustentável. A droga deixou apenas de ser um negócio
escuso para se tornar, contra a vontade da grande maioria das nações,
num problema cultural. Devemos aproveitar a globalização para combater o
narcotráfico e não, como já foi mencionado, para facilitar. Precisamos
ter consciência de que o sentido da vida é ser útil e feliz. A vida é
assim. "Não às drogas".
Gonzaga Mota
Professor e escritor
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